As variações climáticas atingiram em cheio a produção de milho do sudoeste de São Paulo. Após o excesso de chuva, seguida por estiagem, a pior geada dos últimos anos prejudicou 50% da produção da região. Além da quantidade menor, os produtores já sabem que os preços também vão cair por causa da falta de qualidade.
O produtor Valdir Gregório Maschetta relata que os problemas com o clima provocaram inúmeras perdas em sua plantação de 60 hectares. “Antes da geada, o plantio foi difícil de ser feito, depois o clima correu bem, com chuva. Aí veio a seca e a roça foi irrigada duas, três vezes, com aparelho de irrigação. Depois disso, melhorou, mas a seca voltou com geada, prejudicando de 70% a 80% da produção”, disse.
A noção exata da perda de Valdir e outros produtores só ocorrerá no período da colheita, pois, se tiver bastante milho no mercado, a procura por espigas que foram prejudicadas pela geada promete ser baixa.
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Na visão do engenheiro agrônomo da Casa de Agricultura de Itapetininga, Fabrício Tristão, as mudanças climáticas fazem parte do cotidiano do agricultor e não há muito o que se possa fazer. “A partir do momento que a cultura está instalada no campo, não tem o que fazer. Alguns produtores conseguiram contornar porque tinham irrigação e a ligaram durante a geada.”
