Milho: diminuição das chuvas liga sinal de alerta no Paraná

Depois de uma semana de tempo seco, a consultoria AgRural indica que os produtores começaram a ficar mais apreensivos com o clima

Fonte: Divulgação / Pixabay

Após receber boas chuvas em março, parte do Centro-Sul do Brasil vem tendo um começo de abril mais seco, segundo a consultoria AgRural. No oeste do Paraná, cerca de 20% das lavouras da segunda safra de milho estão pendoando e, depois de uma semana sem receber chuva, os produtores começam a ficar apreensivos, especialmente porque a previsão aponta poucos volumes para o resto do mês.

No norte paranaense, o tempo também está mais seco, mas o solo ainda tem umidade e o milho ainda está em fase vegetativa. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, maiores volumes de chuva seriam bem-vindos nas áreas que estão em início de fase reprodutiva.

Em Mato Grosso, a alternância entre noites chuvosas e dias ensolarados tem garantido boas condições de desenvolvimento à safrinha. Nas regiões norte e oeste, as áreas mais adiantadas devem começar a colheita na segunda semana de maio.

Colheita
A safra 2017/2018 de milho verão do Centro-Sul do Brasil estava 72% colhida até quinta-feira, dia 12. O número representa avanço de 12 pontos em uma semana, mas ainda está atrás dos 78% do ano passado e dos 75% da média de cinco anos. 

Os trabalhos estão encerrados em São Paulo e na reta final no Rio Grande do Sul (95%) e no Paraná (92%). Em Minas Gerais, a colheita avançou rápido nesta semana e chegou a 46%, eliminando o atraso em relação ao ano passado e à média de cinco anos. No entanto, em Goiás, apenas 25% da área está colhida, e o atraso persiste.

Soja
A colheita da soja atingiu 85% da área cultivada no Brasil até a última quinta-feira. O número ainda está abaixo do ano anterior, quando 87% da oleaginosa já tinha sido retirada do campo, mas está acima da  média dos últimos cinco anos (84%).

Na semana, Rondônia entrou na lista dos estados que já encerraram os trabalhos, composta até a semana passada por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No resto do país, a colheita chegou a 50% no Rio Grande do Sul, 70% em Santa Catarina, 93% no Paraná, 97% em Minas Gerais, 99% em Goiás, 65% no Maranhão, 85% no Tocantins, 67% no Piauí, 65% na Bahia e 31% no Pará.

O destaque foi o Rio Grande do Sul, onde a volta do tempo firme fez a colheita saltar 25 pontos em sete dias, reduzindo assim o atraso em relação ao ano passado e à média de cinco anos.  

Na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), o excesso de chuva tornou os trabalhos mais lentos, mas os produtores têm entrado em campo nos intervalos de tempo mais aberto. No Maranhão e no Piauí, há relatos de lotes pontuais saindo do campo com grãos avariados devido ao excesso de umidade.