Preço do milho deve subir ainda mais, diz consultoria

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Fonte: Divulgação

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços praticamente estáveis. A preocupação com o clima na Argentina sustenta os contratos, mas os agentes começam a corrigir tecnicamente.

O mercado segue em compasso de espera aguardando o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Devido à prolongada estiagem, a Argentina deverá ter sua projeção cortada de 39 milhões para 36,3 milhões de toneladas. Já para a safra brasileira, o USDA deverá revisar sua projeção de 95 milhões para 91,8 milhões de toneladas.

Brasil
O mercado brasileiro de milho ainda denota lentidão, com diversos consumidores pressionados no país, com estoques bastante encurtados. Cerealistas e cooperativas seguem optando pela retenção do milho neste momento.

Ao menos no curto prazo, a dinâmica altista permanece no mercado do milho. De maneira geral, o atraso de plantio do milho em praticamente todas as regiões produtoras deu fôlego para que os produtores negociem os estoques da safra passada, por conta do consequente atraso de colheita.

De acordo com a XP Investimentos, o período sem ofertas consistentes ainda deve durar a até segunda quinzena de marco e início de abril, depois disto, a escassez de chuva e o clima mais seco deverão impulsionar as colheitas locais.

Diante do vazio, intermediários também elevam suas pedidas, para não trabalhar descasados, e os compradores que possuem necessidade imediata acabam cedendo nas negociações. Por conta disso, novas máximas vão sendo registradas dia após dia, embora feitas com quantidades consideradas pequenas. Os lotes pequenos refletem a relutância dos compradores de continuar pagando valores maiores pela saca, que procuram assiduamente alternativas que limitem novas altas.