CNA pede melhorias para escoamento da produção

Em evento promovido pela entidade, o presidente Michel Temer afirmou que há uma atenção especial com a BR-163 e que existe um plano para asfaltar o trecho de quase 100 km que restam na rodovia

Fonte: Beto Barata/PR

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou um estudo ao presidente da República, Michel Temer, em que aponta as necessidades de melhorias em infraestrutura e logística no país para facilitar o escoamento da produção. O documento foi entregue em evento realizado na sede da entidade, em Brasília, na noite desta terça-feira, dia 28.

Para o presidente da CNA, João Martins, a prioridade do setor agropecuário brasileiro é a consolidação de corredores de escoamento da produção nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas regiões são responsáveis por mais da metade dos grãos colhidos no Brasil. Essas medidas ajudariam a descongestionar os portos do Sul e do Sudeste.

A CNA destaca a necessidade de adotar novos modelos de concessão, em parceria com o setor privado, e evitar monopólios. A entidade também cobrou regras claras e de longo prazo para garantir segurança jurídica e transparência para as empresas interessadas em investir nessa área.

No discurso, o presidente Temer reafirmou o compromisso com o setor agropecuário, que, segundo ele, no momento de recessão econômica pelo o qual o país passou, foi o responsável por sustentar a economia. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, participou do evento. Segundo Temer, há uma atenção especial com a BR-163, que virou símbolo dessa necessidade de reparos no sistema logístico brasileiro, e também um plano para asfaltar o trecho de quase 100 km que restam na rodovia.

O presidente Temer ainda destacou as dificuldades orçamentárias do governo. Para driblar essa dificuldade, ele quer conceder e privatizar o máximo possível. “Sem a iniciativa privada é dificílimo governar”, disse.

Ele ressaltou também a necessidade de investir principalmente no sistema hidroviário de transporte, já que é mais barato.