Boi: queda de animais disponíveis para abate faz preço subir em 13 regiões

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Boi
A Scot Consultoria indica que o mercado foi mais firme na quinta-feira, 27. De acordo com a empresa, treze praças tiveram registro de alta nos preços do boi gordo. Apesar das escalas não estarem, na média, apertadas, a redução na disponibilidade de boiadas para abate sustenta as cotações e possibilita a recuperação em algumas regiões.

O período típico de entressafra se torna cada vez mais visível e o nível de incerteza entre os pecuaristas começa a diminuir. Enquanto isso, as exportações de carne bovina in natura estão dando sinais positivos. A média diária exportada em julho subiu 29,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A expectativa da Safras & Mercado é que um eventual aquecimento da demanda na primeira quinzena de agosto mude a dinâmica do mercado, permitindo alguma alta dos preços. 

Nesta sexta-feira, 28, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) promete realizar um protesto em frente ao prédio do ministério da Agricultura. Eles protestam contra a contratação de médicos veterinários temporários e reivindicam a realização de novos concursos.

Dólar
O dólar encerrou o dia valorizado, com uma correção após as perdas obtidas na quarta-feira, 26, com a definição da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Aqui dentro, a proximidade do fim do recesso parlamentar, que está marcado para a semana que vem, leva a uma postura mais cautelosa por parte dos investidores. O “prêmio de risco político” seguiu sustentado nesta quinta-feira, o que deu suporte ao dólar contra o real.

No fechamento do pregão, a moeda norte-americana avançou 0,38%, a R$ 3,156.

Soja
No mercado interno a quinta-feira foi de preços da soja mais altos. Os contratos da oleaginosa na bolsa de Chicago (CBOT) encerraram novamente no positivo, ainda de olho no clima norte americano. O dólar em alta também colaborou para valores melhores no mercado brasileiro, porém o dia foi de poucos negócios.

Lá fora o grão registrou a segunda alta consecutiva, sustentado pelo resultado positivo das exportações semanais dos Estados Unidos e pelos renovados temores em torno da produtividade da safra americana. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as chuvas que atingiram o cinturão produtor americano ficaram abaixo do esperado e ainda há preocupação sobre o potencial produtivo da soja. Inclusive, a consultoria AgResource indica uma condição climática mais seca para o país nos próximos dias.

Milho
O pregão na bolsa de Chicago foi caracterizado pela predominante alta entre os principais contratos em vigência. Ainda há preocupação em torno do clima nos Estados Unidos, dúvidas essas que devem perdurar até meados de agosto.

Aqui no Brasil houve registro de alguns negócios, mas a comercialização flui de maneira esporádica em vários estados, o que deve mudar com o avanço da colheita, segundo a Safras & Mercado. Na agenda, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza novos leilões de e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) no próximo dia 3. No leilão desta quinta-feira, o órgão brasileiro informou que foram negociados 100% da oferta de PEP e Pepro. Veja o fechamento dos preços do milho na sua região.

Café
O mercado físico teve uma quinta-feira mais movimentada e com preços do café melhores para o tipo bica dura. No entanto, o produtor rural continua dosando a oferta e o comprador mostrando pouca necessidade.

Na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) os contratos encerraram mais altos. Os ganhos vieram numa sequência da alta da quarta-feira, acompanhando a valorização do petróleo e preocupações com a safra brasileira. As notícias são de uma safra de grãos “miúdos” em importantes regiões produtoras, com rendimento menor no beneficiamento do café, o que pode resultar em números mais baixos de produção do que se esperava.

Previsão do tempo
O tempo continua firme no Sudeste e Centro-Oeste. No litoral do Nordeste e faixa norte da região Norte, áreas de instabilidade típicas desta época do ano seguem trazendo chuvas frequentes. A Somar Meteorologia indica uma mudança no padrão atmosférico na primeira semana de agosto, com retorno das chuvas especialmente para o Rio Grande do Sul e mais tarde alcançando algumas áreas de Mato Grosso do Sul e de São Paulo. O enfraquecimento do bloqueio atmosférico nesta virada do mês permite além do retorno da chuva, declínio das temperaturas da tarde no Sul do país. Veja a previsão do tempo para a sua região nos próximos 90 dias.

Sul
Nesta sexta-feira o dia é marcado pelo predomínio de sol no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e também no Paraná. Como um bloqueio atmosférico que atua no oceano pacífico ainda não é rompido, ventos voltam a ganhar força. Apenas no litoral catarinense é que há maior cobertura de nuvens, a partir da umidade que sopra do mar contra a costa, mas sem chuva. Ainda, não se descarta a formação de alguns nevoeiros ao amanhecer na faixa leste do Sul.

Sudeste
Nesta sexta-feira há condição de eventual chuva fraca desde a região central do Rio de Janeiro até o Espírito Santo e nordeste e leste mineiro. Em outras áreas do Sudeste, o tempo firme ainda continua, com sol desde cedo e apenas alguma formação de nevoeiros ao amanhecer. A umidade relativa do ar cai um pouco mais no período da tarde no norte paulista e oeste mineiro e as temperaturas da tarde ficam elevadas durante a tarde nestas áreas.

Centro-Oeste
O tempo firme ainda permanece no Centro-Oeste. Mesmo que algumas instabilidades atuem em Mato Grosso, não há umidade suficiente na atmosfera para provocar chuva. O sol predomina entre poucas nuvens e garante grande amplitude térmica, especialmente no planalto central. A falta de chuva mantém a umidade relativa do ar baixa no período da tarde e também colabora com o aumento do número de queimadas.

Nordeste
A chuva se torna mais abrangente sobre o sul e região central da Bahia, mas o destaque ainda são as áreas costeiras, que recebem chuva moderada, desde o Recife (PE) até Natal (RN). Volta a chover também no litoral e no nordeste do Ceará. No interior nordestino o tempo firme continua e o sol brilha com força no período da tarde, culminando em temperaturas máximas mais elevadas.

Norte
A chuva mais intensa fica restrita a Roraima e ao noroeste do Amazonas. Entre Amapá e norte do Pará, as instabilidades perdem força e a chuva vem de forma mais localizada. Na faixa central e sul da região Norte, tempo segue seco e bastante quente no período da tarde.