Santa Catarina passa a adotar vazio sanitário para soja no combate à ferrugem asiática

Proibição de manter plantas vivas no campo, já adotada por outros estados, tem como objetivo oferecer maior segurança contra doenças

Fonte: Embrapa/Divulgação

O estado de Santa Catarina decidiu adotar o vazio sanitário para a soja no combate à doença ferrugem asiática. A portaria que implementa a medida foi assinada na quinta-feira, 27, pelo secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, segundo nota divulgada pelo órgão. A medida proíbe a manutenção de plantas vivas nos campos no período de 15 de junho a 15 de setembro em Santa Catarina.  

Sopelsa destacou que o vazio sanitário foi estabelecido após discussão envolvendo a Secretaria da Agricultura, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e representantes do setor produtivo catarinense. “A medida traz mais segurança para os produtores catarinenses e protege as lavouras da ferrugem asiática, que pode comprometer todo cultivo”, ressaltou o secretário, conforme a nota. 

Cada estado pode estabelecer o período mais adequado para o vazio sanitário da soja, de acordo com as suas condições climáticas. O secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, explicou que, no caso de Santa Catarina, o frio intenso que ocorre no inverno nas regiões produtoras de soja normalmente já elimina todas as plantas de soja vivas, mas, se isso não ocorrer, será necessário o controle químico por meio de dessecação com herbicidas. 

Em 2016/2017, os produtores catarinenses colheram a maior safra de soja da história. A produção totalizou 2,4 milhões de toneladas, 13,4% a mais do que no ciclo anterior. A soja foi semeada em 660,2 mil hectares no estado, a maior área plantada já registrada. O rendimento médio das lavouras catarinenses chegou a 3,6 toneladas por hectare, um aumento de 11,24% em relação à safra 2015/2016.