Exportação de carne suína sobe 5,5% em junho

Vendas sobem em termos de volume, mas receita recua 1,1%, diz ABPA

Fonte: Reprodução

As exportações de carne suína cresceram em termos de volume em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, mas registrou queda em termos de receita, tanto em reais quanto em dólares. As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

As vendas totalizaram 47,34 mil toneladas no mês passado, alta de 5,5%, sendo este o maior volume registrado no ano. A receita em reais, por sua vez, caiu 1,1%, para R$ 372 milhões. Em dólares, ela recuou 29%, para US$ 119,7 milhões.

No acumulado do ano até junho, o volume de exportações caiu 5,3% em relação ao mesmo intervalo de 2014, para 228,4 mil toneladas. A receita, por outro lado, subiu 2,5%, a  R$ 1,653 bilhão, enquanto em dólares ela recuou 21,8%, para US$ 552,2 milhões.

Maior mercado importador da carne suína brasileira, os países da Europa extra- União Europeia (que contempla a Rússia) incrementou seus embarques em 5,4%, chegando a 98,8 mil toneladas no primeiro semestre.  Para a Ásia foram embarcadas 74,9 mil toneladas (-8,7%).

Os cortes se mantiveram como principais produtos embarcados pelo setor, com 187,5 mil toneladas entre janeiro e junho (-4,2%). Foram exportadas 22 mil toneladas de miúdos (-20%). Em alta, os embarques de carcaça atingiram 6,1 mil toneladas (+21,9%).  Também em ritmo positivo, as exportações de preparações de carne suína totalizaram 4,9 mil toneladas (+11,4%).

A expectativa da ABPA é que a produção de carne suína fique ligeiramente acima do registrado em 2014, superando 3,5 milhões de toneladas. O consumo per capita deve atingir 15 quilos, um pouco acima do crescimento vegetativo da população brasileira.

A Rússia seguirá como principal mercado para a carne suína brasileira, sendo que entre janeiro e junho ela absorveu 43,2% do total embarcado.

– Com a retomada do crescimento nos embarques do setor, ocorridas a partir de maio de 2015, as previsões da ABPA indicam que haverá recuperação das perdas registradas no acumulado do ano, com possibilidade de crescimento de até 3% – diz a Associação, em nota.