As melhores pastagens, de acordo com a pesquisa, estão nas áreas de cerrado dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O chamado Arco do Desmatamento, no norte de Mato Grosso e sul do Pará, estão pastos de média produtividade. Já as pastagens de baixa produção espalham-se em faixas por todo o país.
Segundo o coordenador da UFG Laerty Ferreira, os dados da pesquisa são preliminares, mas foram baseados dados de fluxo de água para chegar aos resultados.
No levantamento do tamanho da área de pastagem no Brasil, os números do estudo entram em conflito com as estatísticas oficiais, que mostram 220 milhões de hectares. A pesquisa, no entanto, chegou a uma área de 172 milhões de hectares de pastagem plantada.
– É um numero que a gente acredita que seja consistente. Obviamente, precisa ser validado em campo com um trabalho de mapeamento – diz Ferreira.
Atualmente, a produtividade da pecuária brasileira está em um animal por hectare. Para o coordenador da UFG, se essa média for elevada em 30%, há a possibilidade de liberar 44 milhões de hectares para a agricultura, sem desmatar nada. Ele afirma que pequenas mudanças na lotação da pastagem podem liberar algumas áreas.
A Fundação Gordon Moor, dos Estados Unidos, vai investir mais de um milhão de reais para dar continuidade ao projeto. Nos próximos dois anos, os pesquisadores esperam gerar um mapa das pastagens brasileiras, mostrando onde estão as áreas que precisam de investimento para serem recuperadas.