Para 2012, o cenário é de incertezas. A Abimaq projeta crescimento do faturamento entre 7% e 8%, mas esse patamar só será alcançado considerando uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de ao menos 3,5% no ano que vem e a concretização dos planos de investimento em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, além de investimentos de grandes empresas nacionais, principalmente Vale e Petrobras.
– Se todas essas promessas forem verdade, teremos um desempenho melhor do que em 2011 – afirmou Bernardini.
Uma das medidas defendidas para estimular o crescimento do faturamento do setor em 2012 é o incentivo ao crédito, que, segundo o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, é fundamental para a indústria de máquinas e equipamentos.
Segundo Aubert Neto, hoje o único caminho para a compra de bens de capital no país é via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já que as instituições privadas cobram taxas muito mais elevadas. Segundo o presidente da Abimaq, os bancos privados chegam a cobrar taxas de no mínimo 20% ao ano, enquanto o BNDES exige 6,5%. Ainda assim, na avaliação da entidade, os juros cobrados pelo BNDES estão muito altos.
– Na Alemanha, essa taxa é de 2%. Com uma taxa de 4,5%, já seríamos competitivos – aponta Aubert Neto.