Abras pedirá ao governo redução de impostos para alimentos

Entidade divulgou resultados de 2009 e está otimista para este anoA Associação Brasileira de Supermercados (Abras) está otimista. O presidente da entidade, Sussumo Honda, acredita que o faturamento do setor vai crescer quase 9%. A explicação, de acordo com ele, está na retomada da economia brasileira. Porém, a Abras lembra que medidas de desoneração como as adotadas para outros setores precisam chegar também nos alimentos, a fim de aumentar as vendas no varejo.

De acordo com Honda, um estudo sobre impactos da desoneração do PIS/Cofins para alimentos e produtos de higiene já foi apresentado ao governo. A Abras já conversou com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pretende levar a discussão também ao Ministério da Fazenda.

Segundo a entidade, ainda que não seja possível isentar todos os produtos, seria importante que parte deles tivesse o benefício. O dirigente defende que a desoneração seja para categorias de produtos de todos os segmentos de renda. Em média, o impacto de PIS/Cofins em alimentos fica próximo de 10% do preço.

? A carne foi isenta de PIS/Cofins, mas só no início da cadeia. Nós temos que recolher na ponta ? afirmou.

A Abras defende que benefícios tributários sejam concedidos para produtos de largo consumo, em vez de direcionados a setores como indústria automotiva ou materiais de construção.

? O benefício a itens de maior consumo beneficia a todos ? disse Honda.

Nesta quinta, dia 28, foram apresentados em São Paulo os números do setor relativos a 2009. Apesar do resultado ruim nos primeiros meses em função da crise, o ano superou as expectativas dos supermercadistas. A previsão era ampliar as vendas em 4,5%, mas o crescimento em relação a 2008 chegou a 5,5%.

Em volume, a região da Grande São Paulo, foi a que registrou o maior aumento de vendas, de 6%. Os 35 produtos que compõem a cesta “Abras Mercado” acumularam alta de 0,32% no ano passado. O preço passou de R$ 260,68 para R$ 261,51. O açúcar (+57,2%), a cebola (+50,7%) e a batata (+46,5%) tiveram os maiores aumentos. Já o feijão (-34,4%), o tomate (-22,7%) e o arroz (-15,5%) foram os que mais caíram.