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Acordo vai acelerar desenvolvimento de tecnologias espaciais para o agro

Diretor da Agência Especial Brasileira afirma que essas tecnologias são imprescindíveis para a agricultura, pecuária e aquicultura de precisão

Foto: AEB

O Ministério da Agricultura e a Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência, assinaram nesta quarta-feira, 7, um acordo de cooperação técnica para estimular o desenvolvimento de tecnologias e aplicações espaciais para o setor agropecuário nacional.

O objetivo da parceria é impactar positivamente a produtividade e a qualidade da produção, aumentando o alcance das tecnologias, produtos e serviços espaciais para o setor. O acordo deve atingir a iniciativa privada, a academia, os institutos de ciência e tecnologia e os demais atores relevantes do Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais (Sindae).

Na abertura do evento, o presidente da AEB, Carlos Moura, enfatizou os principais ganhos que o acordo trará para ambos os setores. “Nós vivemos em um mundo onde se fala muito sobre sustentabilidade, em como se produzir mais gastando menos, como exigir menos do meio ambiente, da terra e da natureza, e como agredir menos usando menos defensivos. Faremos tudo o que pudermos para ajudar o Ministério da Agricultura e todas as entidades relevantes neste processo a trabalharem melhor”, declarou.

A assinatura ocorreu de forma virtual e contou com a presença do presidente da AEB, Carlos Moura; secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação (SDI/Mapa), Fernando Camargo, que representou a ministra da agricultura Tereza Cristina; do diretor de Governança do Setor Espacial (DGSE/AEB), Cristiano Augusto Trein; do diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária do Mapa, Cleber Soares; e do presidente da Frente Parlamentar Mista para o Programa Espacial Brasileiro, deputado federal Daniel Freitas.

O diretor de Governança do Setor Espacial do AEB, Cristiano Augusto Trein, reforçou que as tecnologias espaciais são imprescindíveis para a agricultura de precisão, pecuária de precisão, aquicultura de precisão. Trein destacou também a importância dos sistemas de coleta de dados e suas interfaces com Internet das Coisas (IoT), principalmente no que diz respeito a conectividade e confiabilidade.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo, destacou que o agronegócio brasileiro vem se modernizando, com acesso às melhores ferramentas e tecnologias.

“Hoje o agro brasileiro é absolutamente cosmopolita, é um agro que tem acesso a tudo que tem de bom e melhor no mundo. A entrada da Agência Espacial Brasileira nesse ecossistema com o Ministério da Agricultura e com a Embrapa será um avanço fundamental para aumentar a produtividade. Fazer o entendimento aéreo espacial no Brasil, conhecer nosso território, solo e clima vai fazer com que aumente ainda mais a produtividade sem agredir o meio ambiente.”, comentou Camargo.

O diretor do Departamento de Inovação de Agropecuária, Cleber Soares, reforça que o Brasil tem uma oportunidade única de ampliar a tecnologia do agronegócio no Brasil. “Hoje a tecnologia representa mais de 70% dos incrementos e dos inputs para avanço e produtividade na nossa agropecuária e no mundo, seja no uso, por exemplo, de tecnologias espaciais de forma clássica para sensoriamento remoto, monitoramento de cobertura vegetal, seja no modelo de leguminosas e vegetais”, disse.

A AEB e o Mapa trabalharão de forma conjunta, com o intuito de promover a expansão do uso de produtos e serviços espaciais no setor agropecuário brasileiro, fomentar a aquisição de produtos e de serviços espaciais no ambiente rural, estabelecer ações para que o Brasil se torne um exportador de soluções tecnológicas e espaciais com aplicação no setor, assim como formar e capacitar recursos humanos qualificados.