Setor de proteínas do Brasil vive um bom momento, diz Ricardo Santin Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Setor de proteínas do Brasil vive um bom momento, diz Ricardo Santin

No Canal Rural Entrevista desta semana, o presidente da ABPA fala sobre exportação, sustentabilidade e os desafios do setor de proteínas

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, foi o convidado desta edição do Canal Rural Entrevista, programa que agora está em novo horário na grade de programação. A atração pode ser acompanha todas as terças-feiras, a partir das 18h30.

Entre os temas discutidos nesta entrevista: o bom momento das exportações de proteínas, a abertura de novos mercados, a preocupação com a peste suína africana (PSA) e a sustentabilidade.

Sobre 2021, a ABPA projeta um crescimento de 6% na produção de carne suína; 3,5% de carne de frango e 2% de ovos. Sobre as exportações, o crescimento deve ser de 13% nos suínos; 7,5% no frango.

No caso do setor de ovos, uma curiosidade. O consumo da proteína chegará a 255 unidades per capita em 2021, um recorde. Ao todo, o país deverá produzir 54,503 bilhões de unidades. “São 1.700 ovos por segundo”, contou Santin.

Na entrevista, o presidente da ABPA disse que a expectativa do setor com o ano é positiva. “Estamos aumentando as exportações e aumentando a oferta no mercado interno. Cresce o consumo de proteína de aves, ovos e suínos no Brasil. No exterior, devemos bater recordes no frango e nos suínos”.

Foto: Reprodução

Sanidade

Confirmada nas Américas neste ano (focos no Haiti e na República Dominicana), a peste suína africana também foi um dos assuntos abordados.

Segundo Santin, o setor trabalha com muito cuidado. “Foi criado um grupo especial de prevenção com 18 países da América Latina e mais de 23 entidades na América Latina. Temos o apoio do Ministério da Agricultura, da ministra Tereza Cristina, neste trabalho de prevenção. Faz muito tempo que não temos nenhum caso no Brasil e queremos manter assim. Queremos manter os nossos 90 mercados abertos”, disse.

China

Sobre a dependência do mercado chinês, destino de quase 58% das exportações de carne suína em 2021, Santin diz que quando ex-presidente da ABPA Francisco Turra assumiu a entidade, o Brasil exportava carne suína para 70 mercados; e que envia para a proteína para 93.

Segundo Santin, o Brasil vende muito para a China, não é dependente dela. “Continuamos trabalhando e buscando a abertura de novos mercados, como o Canadá, o México, a Europa. Estamos fazendo isso para quando a China diminuir a demanda, nós termos opções para vender. Aliás, atualmente, nós temos o Chile como o segundo maior comprador de carnes do Brasil. E diferente da China, é um mercado que paga melhor. E quem paga melhor, leva mais. Se a China deixar de comprar, com certeza teremos alternativas para vender a nossa carne, inclusive no mercado interno”, afirmou.

Inflação

Segundo o presidente da ABPA, o setor está ‘infelizmente’ repassando custos que não são do setor. “O que está acontecendo? Nós aumentamos a disponibilidade no mercado interno; é verdade que as exportações aumentaram, mas a oferta no mercado doméstico também. Agora, o milho e o farelo de soja, que são a base da produção de proteínas, aumentaram mais de 100% e 60%, então esse é o repasse. A inflação é complicada, mas há sim uma mudança de patamar de preços. Se a gente não quiser manter o equilíbrio da oferta, teria que diminuir a produção do mercado interno”.

De acordo com Santin, quando a pandemia começou, o setor não deixou de produzir e nem fechou fábricas. “Esse repasse que deve ficar ainda maior se deve ao preço do milho e do farelo de soja”.

 

Sair da versão mobile