IBGE

Estoque agrícola atinge 39,4 mi de t ao final do 2º semestre/2022

Houve expansão nos estoques de milho (7,3%), soja (5,8%) e trigo (15,6%), mas quedas no arroz (-6,8%) e no café (-21,5%)

O estoque de produtos agrícolas no Brasil totalizou 39,4 milhões de toneladas ao fim do segundo semestre de 2022, segundo a Pesquisa de Estoques divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período de 2021, houve alta de 7,4%.

Houve expansão nos estoques de milho (7,3%), soja (5,8%) e trigo (15,6%), mas quedas no arroz (-6,8%) e no café (-21,5%).

Esses produtos somam 94,0% do total estocado entre os itens monitorados pela pesquisa, enquanto que os 6% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Os estoques de milho somaram o maior volume, 18,1 milhões de toneladas, seguidos pela soja (8,1 milhões), trigo (7,4 milhões), arroz (2,2 milhões) e café (0,9 milhão).

A capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento agrícola foi de 192,2 milhões de toneladas em estabelecimentos ativos no segundo semestre de 2022, 1,8% maior do que o resultado do semestre anterior.

Estoques por região

Houve aumento no número de estabelecimentos nas regiões Norte (9,2%), Centro-Oeste (1,5%) e Sul (0,1%), enquanto houve quedas no Sudeste (-0,8%) e no Nordeste (-0,4%).

O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.178), seguido por Mato Grosso (1.422) e Paraná (1.353).

Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 47,5 milhões de toneladas, sendo 58,3% do tipo graneleiros e 35,3% do tipo silos.

O Rio Grande do Sul tem 35,2 milhões de toneladas de capacidade, e o Paraná, 33,2 milhões de toneladas de capacidade, com predominância do silo.

“A capacidade de armazenagem vem aumentando, mas ela é muito mais lenta que a safra, que cresce muito mais rapidamente”, disse Carlos Alfredo Guedes, gerente da pesquisa do IBGE. “Nosso crescimento na armazenagem é muito mais lento que o crescimento na safra. A armazenagem está correndo atrás da safra, que está bem na frente.”

Capacidade útil armazenável

Quanto à capacidade útil armazenável, os silos somaram 99,2 milhões de toneladas no segundo semestre de 2022, o que representa 51,6% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2022, a capacidade dos silos cresceu 3,2%.

Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 70,3 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 36,6% de toda a armazenagem nacional. Houve expansão de 0,4% na capacidade ante o semestre anterior.

Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 22,6 milhões de toneladas, uma fatia de 11,8% da capacidade total do País. O resultado representou um aumento de 0,1% em relação ao primeiro semestre de 2022.