HOMENAGENS

O legado de Alysson Paolinelli para agronegócio brasileiro

Alysson Paolinelli: autoridades, políticos e entidades lamentam morte do ex-ministro da Agricultura

Alysson Paolinelli era reconhecido como um dos principais nomes do desenvolvimento agrícola do Brasil.

Ao longo de mais de quarenta anos, ele atuou na política e deixou um legado de contribuições significativas para o setor. Sua dedicação e trabalho incansável renderam-lhe indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

Nascido em 1936, na cidade de Bambuí, Paolinelli formou-se em Agronomia em 1959 pela Escola Superior de Agronomia de Lavras.

Defensor da segurança alimentar global, ele assumiu a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais em 1971, onde implementou incentivos e introduziu inovações tecnológicas que transformaram o estado no maior produtor de café do Brasil.

Entre suas realizações, destaca-se o Programa Integrado de Pesquisas Agropecuárias do Estado de Minas Gerais, que serviu como base para a criação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Sistema Cooperativo de Pesquisa Agropecuária.

Em 1974, Paolinelli assumiu o cargo de Ministro da Agricultura, sendo amplamente reconhecido como um dos responsáveis por transformar o Brasil em uma potência mundial no setor.

Além de sua atuação na política, Alysson Paolinelli também foi professor universitário, presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, deputado constituinte, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidiu a Abramilho.

A perda de Alysson Paolinelli representa um grande vazio no campo da agropecuária brasileira. Sua paixão, conhecimento e compromisso com o desenvolvimento do setor serão lembrados e sua contribuição será valorizada por muitas gerações futuras.

Alysson Paolinelli: autoridades, políticos e entidades lamentam morte do ex-ministro da Agricultura

Nas redes sociais, o presidente Lula manifestou-se sobre a triste notícia, ressaltando a trajetória de sucesso de Alysson Paolinelli.

Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e presidente dos conselhos consultivos da ABPA e da Aprobio, descreveu o trabalho de Paolinelli como ‘extraordinário e de extrema importância para o país’.

“Alysson Paolinelli deixou um legado extraordinário para o agronegócio brasileiro, sendo reconhecido como um grande líder. Sua vida foi marcada por realizações significativas tanto na pesquisa quanto no desenvolvimento do Cerrado. O Brasil hoje é capaz de oferecer uma variedade de alimentos aos habitantes do planeta, graças em parte ao trabalho incansável de Paolinelli”, comentou.

Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, agradeceu a Alysson Paolinelli pelo trabalho realizado e destacou sua amizade de longa data. Galvan descreveu Paolinelli como um homem excepcional e expressou gratidão por sua contribuição ao setor agrícola.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também lamentou a morte de Paolinelli em nota oficial.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou ter aprendido muito com ele, classificando-o como um dos maiores nomes da agricultura brasileira e responsável por elevar o agronegócio nacional a uma potência.

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) destacou o inestimável legado deixado por Paolinelli. Em nota oficial, a SRB ressaltou que seu trabalho incansável foi reconhecido internacionalmente, sendo agraciado com o The World Food Prize em 2006, devido ao seu comprometimento em garantir o abastecimento alimentar mundial.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enfatizou nas redes sociais que o legado de Paolinelli ultrapassa as barreiras do tempo, deixando uma marca eternizada.

Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura e senadora, destacou a visão e liderança de Paolinelli, ressaltando que, graças a ele, o Brasil deixou de ser importador de alimentos e se tornou uma potência agroambiental.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também divulgou uma nota, recordando a contribuição de Paolinelli para a tecnologia e o impacto positivo que ele teve, especialmente na agricultura do cerrado brasileiro.

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, ressaltou que as políticas públicas implementadas por Alysson Paolinelli impulsionaram a agricultura nacional.

O presidente da Comissão de Agricultura na Câmara, deputado Tião Medeiros, destacou que Paolinelli foi um visionário e deixou um legado fundamental para a agricultura brasileira.

O secretário da Agricultura de São Paulo, em entrevista ao Canal Rural, expressou sua tristeza pela perda de um gênio. Para ele, o que Alysson Paolinelli fez na Embrapa foi realmente uma obra de gênio, deixando uma lacuna irreparável.

O falecimento de Alysson Paolinelli deixa um vazio no setor agrícola brasileiro. Seu legado de inovação e dedicação será lembrado e honrado por gerações futuras, mantendo viva a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável do país.

Velório em Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decretou luto no estado por três dias.

O velório acontece no Palácio da Liberdade, na capital mineira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que estará presente em Belo Horizonte para participar do funeral e enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, nesta sexta-feira (30).

Bolsonaro enfatizou a importância de Paolinelli para o setor agrícola. “O indivíduo que revolucionou a agricultura no Brasil, que explorou o Centro-Oeste em um momento em que o Brasil importava alimentos. Nossas condolências aos parentes e amigos”, afirmou.

O ex-presidente deve viajar para a capital de Minas Gerais na noite desta quinta-feira.

“Foi um homem que transformou completamente a agricultura brasileira. De importadores, nos tornamos exportadores de alimentos. Pretendo hoje à noite, modificando completamente minha agenda no Rio, me despedir e prestar uma merecida homenagem a esse ilustre cidadão”, declarou.