Hortifrúti

Mesmo com tempo seco, Paraná é destaque na produção de quiabo

Em Uraí no norte do Paraná, o preço pago ao produtor de quiabo é atrativo e a produção do município representa 7,5% de todo estado

O Paraná vem se destacando na produção de hortaliças. A produção estadual cresceu 80% entre 2007 e 2017, saltando de 1,71 milhão de toneladas para 3,12 milhões de toneladas, de acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Apesar da estiagem atrapalhar o rendimento ao longo de 2020 e 2021, as tendências ainda seguem em alta.

Foto: Pixabay

No Norte do estado, o município de Uraí tem se mostrado promissor no cultivo do quiabo, sendo o maior produtor do Paraná, atingindo 594 toneladas da hortaliça em 2020. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), a cidade produziu 7,5% das 7,9 mil toneladas em relação a todo o estado do Paraná no ano passado.

O produtor Luiz Carlos Shimada conta que em tempos de clima favorável costuma tirar da terra 120 caixas de 15 quilos de quiabo por semana. “Posso garantir que hoje é Uraí que abastece Curitiba e Londrina com quiabo, e da melhor qualidade”, diz Shimada. Além disso, para completar o orçamento, durante o ano agrário o agricultor ainda divide a área com plantações de abobrinha e jiló, outros itens que também fazem sucesso na Ceasa de Londrina, o principal ponto de distribuição do produtor.

Foto: Ari Dias/AEN

Shimada indica que em sua propriedade o tempo normal de plantio e colheita do quiabo não passa de 90 dias, mas devido o tempo seco, o frio, a geada e o vento impactaram no desenvolvimento da hortaliça. “Estou com o quiabo que plantei em maio e ainda não está pronto para colher”, pontua.

Apesar do atraso no desenvolvimento da hortaliça, o produtor ainda destaca que o preço da hortaliça vem compensando a demora. “Aquele quiabo para a bandeja sai entre R$ 90 a R$ 100 a caixa. Já aquele mais fraco conseguimos vender por R$ 60 a R$ 70. A questão é só ter para comercializar”, conclui.