CR ENTREVISTA

Presidente da Conab, Edegar Pretto analisa perspectivas e desafios para safra 2023/24

A produção agrícola brasileira deve bater recordes em 2023, com aumento de 47 mi de t de grãos e recorde também na exportação de carne

Em mais uma edição do Canal Rural Entrevista, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, discutiu temas importantes para o agronegócio brasileiro, especialmente diante do iminente ciclo de verão 2023-24.

Na entrevista, gravada direto da Expointer 2023 em Esteio (RS), Edegar Pretto compartilhou informações sobre a safra recorde prevista, destacando a estimativa da Conab de colher 320 milhões de toneladas de grãos, um aumento significativo em relação ao ciclo anterior.

Ele abordou a preocupação com a capacidade de armazenagem, frisando os desafios enfrentados e a necessidade de investir em infraestrutura. Enfatizou também a terceirização de serviços como uma abordagem adotada para lidar com a demanda.

No contexto das previsões da safra, Edegar Pretto explicou a importância de previsões assertivas para auxiliar na tomada de decisões, contribuindo para uma gestão eficiente da oferta e demanda.

A conversa evoluiu para a política de preços mínimos e a retomada dos estoques públicos. Edegar Pretto explicou a importância dessa política para controlar a inflação dos alimentos e garantir a soberania alimentar do país. Ele anunciou a iniciativa da Conab de comprar 500 mil toneladas de milho como um sinal para o mercado e para garantir a estabilidade nos preços da carne.

Edegar Pretto ainda abordou a situação do setor leiteiro, ressaltando as dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores. Ele mencionou a criação de um grupo interministerial para tratar das questões relacionadas ao leite, incluindo medidas para proteger o mercado interno e a compra de leite de cooperativas ligadas à agricultura familiar.

Ao encerrar a entrevista, Edegar Pretto compartilhou perspectivas positivas para o futuro, mencionando investimentos previstos, a recuperação de áreas degradadas e o diálogo com parceiros internacionais.