Política

'Terá tapete vermelho', diz presidente da Agrishow sobre Fávaro

O presidente da Agrishow, Francisco Maturro, negou que tenha “desconvidado” o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para a abertura da feira

O presidente da Agrishow, Francisco Maturro, negou que tenha “desconvidado” o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para a abertura da feira ou mesmo que tenha sugerido que Fávaro participasse do evento no dia seguinte para evitar eventual constrangimento pelo encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“Eu convidei o ministro para que ele permaneça em Ribeirão Preto no dia 2 de maio, quando terá uma reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Se ele quiser ficar lá (na feira) todos os dias, terá tapete vermelho”, afirmou Maturro. “Jamais cometeria a deselegância de desconvidar alguém”, reforçou.

Maturro afirmou que fez contato por telefone com o ministro na terça-feira para avisá-lo que circula um folheto na região de Ribeirão Preto (SP) afirmando que Bolsonaro estará na abertura oficial da feira na cidade, segunda-feira, 1º de maio. “Como sei que nem tudo chega ao gabinete do ministro, disse a ele que havia esse movimento”, afirmou.

Não há hostilidade na Agrishow

Apesar de fazer o alerta, o presidente da Agrishow reiterou que as autoridades se respeitam e que “não há hostilidade na Agrishow”.

O Ministério da Agricultura, que inicialmente havia sido convidado pela organização para a abertura, confirmou via assessoria que Fávaro não comparecerá à feira em nenhum dos dias. Segundo o presidente da Agrishow, o principal evento agrícola do País funciona como uma vitrine para o governo e a organização da feira ainda não foi informada oficialmente desta decisão do ministro. “Eu espero que o ministro venha, precisamos unir o País e reaproximar o agro do governo”, destacou.

O ministro da Agricultura previa anunciar na feira R$ 1,030 bilhão em recursos suplementares para a equalização de crédito para o Plano Safra 2022/23.

A verba vem sendo negociada pelo Ministério da Agricultura com o Ministério da Fazenda desde o início de março.

Maturro afirmou que, embora não se tivesse certeza do que o ministro anunciaria na feira, havia uma expectativa. “Estávamos trabalhando pelo complemento”, declarou.

Os recursos destinados à equalização devem gerar um montante extra de R$ 30 bilhões para a política de crédito agrícola que se estende até 30 de junho.