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Algodão: projeto busca expandir cultivo agroecológico no Semiárido

O programa irá beneficiar agricultores de nove estados nordestinos e de Minas Gerais, além de sete países como Argentina e Colombia

algodão
Foto: Antonio Alencar/Canal Rural

O projeto Fortalecimento do algodão em consórcios agroecológicos no Semiárido, coordenado pela Embrapa Algodão foi lançado durante a II Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Solidária na Paraíba (Fenafes), realizada de 16 a 19 deste mês, em João Pessoa (PB), com cerca de 12 mil visitantes.

Visando ampliar as áreas de cultivo do algodão agroecológico, o programa irá beneficiar agricultores dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais. O projeto foi realizado em parceria com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste), com o financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Serão capacitados agricultores e técnicos por meio da experimentação participativa nas Unidades de Aprendizagem e Pesquisa Participativa (UAPs), visando o compartilhamento de técnicas, tecnologias e procedimentos que proporcionem o aumento da produtividade, rentabilidade e sustentabilidade do algodão agroecológico.

“Para viabilizar o projeto, vamos estabelecer uma rede de parcerias com as unidades descentralizadas da Embrapa e diversos atores vinculados à cadeia produtiva do algodão no Semiárido, desde governos estaduais, instituições de assistência técnica e extensão rural, instituições de pesquisa, organizações sociais, prefeituras, sindicatos e associações rurais, cooperativas, universidades, escolas técnicas e empresas de moda sustentável”, explicou o pesquisador Frederico Lisita, líder do projeto pela Embrapa Algodão.

Durante a feira, a unidade também expôs tecnologias como máquinas e implementos para a agricultura familiar, algodão colorido e agroecológico, gergelim, amendoim, mamona, sisal e integração lavoura-pecuária.

Além disso, Nair Arriel, chefe-geral da Embrapa Algodão, ministrou palestra sobre “Algodão agroecológico em consórcios alimentares”, mostrando que é possível produzir algodão sem produtos químicos, preservar solo, água, plantas e animais.

“Nesse projeto, além da geração de renda a alimentos para as famílias e seus animais, por meio da diversificação de culturas, nós buscamos ainda valorizar a cultura local, o fortalecimento da juventude rural e a igualdade de gênero”, afirmou Arriel.

O pesquisador Odilon Reny Ribeiro ministrou palestra sobre “Inovações em equipamentos para a agricultura familiar no cultivo do algodão”, desenvolvidas no âmbito do projeto + Algodão, fruto da cooperação Brasil-Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O projeto beneficia agricultores brasileiros e de sete países parceiros – Argentina, Bolívia, Equador, Colômbia, Haiti, Paraguai e Peru.

“A mecanização é fundamental para todos os agricultores, incluindo os pequenos, porque facilita a realização das tarefas agrícolas com menor tempo, custo e, principalmente, menos esforço. Por isso, a Embrapa e a FAO vêm trabalhando fortemente no intuito de oferecer esses equipamentos aos agricultores”, destaca o pesquisador.

Entre os implementos apresentados na palestra estavam equipamentos para o plantio, preparo do solo, pulverização, beneficiamento e colheita.

*Sob supervisão de Henrique Almeida

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