Dilma Roussef afirma que medidas contra a crise não mudam após as eleições

Ministra admite que situação mundial deixou de ser "pequena gripe"Três ministros do governo federal estiveram neste domingo, dia 26, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para votar. Dilma Rousseff, Guilherme Cassel e Tarso Genro deram apoio à candidata do PT, Maria do Rosário.

Os ministros se encontraram com a candidata petista logo cedo, no café da manhã. Dezenas de militantes e ex-integrantes do primeiro escalão do governo Lula também compareceram ao comitê central. A ministra chefe da Casa Civil defendeu a medida provisório 443, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirir ações e assumir o controle acionário de bancos, seguradoras, instituições financeiras e empresas. Dilma Roussef garantiu que as medidas do governo contra a crise econômica mundial não mudam após as eleições municipais.

? Não muda nada. O que muda por parte do governo federal é a convicção cada vez maior de que o Brasil é um país completamente diferenciado quando se compara com outros países emergentes ? declarou a ministra, que acrescentou:

? É de fato, uma crise de proporções gigantescas, mas o que acontece nos países emergentes e especificamente no Brasil é o fato de nós termos mais instrumentos, mais musculatura para enfrentá-la.

Questionada se continuava considerando a crise uma “pequena gripe”, como definido por ela há 20 dias, respondeu:

? Não é uma pneumonia, pneumonia é o que está acontecendo na Inglaterra, com o PIB caindo meio por cento.

Cassel em apoio ao governo Paraguaio

Logo em seguida, a ministra foi até um colégio na zona sul da cidade, onde votou rapidamente. No mesmo local, uma hora e meia depois, votou também o ministro do Desenvolvimento Agrário. Guilherme Cassel disse que já está solucionado o desentendimento com ministério do Meio Ambiente, que divulgou lista afirmando que os assentamentos do Incra são os campeões de desmatamento na Amazônia.

? Não existe um clima ruim. Minc é meu companheiro de trabalho. A gente comunga dos mesmos objetivos. O que houve foi a divulgação de uma lista inadequada, que o Minc teve a grandeza de corrigir e já estamos trabalhando juntos de novo.

Cassel disse ainda que apóia o governo paraguaio, que anunciou neste final de semana que vai comprar terras, inclusive de fazendeiros brasileiros, para fazer reforma agrária no país.

? O fato de um contingente muito grande de brasileiros trabalharem lá, de não existir regularização fundiária naquela região coloca um problema de enorme envergadura, que vai ser trabalhado devagar ? ponderou.

? Nós estamos tentando ajudar, passando o nosso conhecimento, as nossas tecnologias para que o governo paraguaio possa trabalhar.

Segundo o ministro, é fundamental que aqueles que trabalham produzindo alimentos no Paraguai possam garantir segurança, estabilidade e qualidade de vida.

*Colaborou Terena Miller