Governo reduz preço mínimo do feijão na safra 2011/12

Intenção da medida é de cobrir os custos de produçãoO governo reduziu o preço mínimo do feijão em todas as regiões produtoras. A queda será de 10% na safra 2011/12, que começa em 1º de julho. O preço do feijão tipo 2, que é de R$ 80, passará a R$ 72. A intenção do governo com a redução do preço mínimo é a de cobrir os custos de produção, mas não criar um incentivo extra para o plantio do grão.

O preço mínimo pago ao produtor pelo milho produzido nos Estados de Mato Grosso e Rondônia também sofrerá queda. A redução foi de R$ 13,98 a saca de 60 quilos para R$ 12,60. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste (exceto Mato Grosso), o milho continuará a contar com preço mínimo de R$ 17,46 a saca e no Norte (exceto Rondônia) e Nordeste, de R$ 20,10.

Conforme o secretário adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a ideia é auxiliar no equilíbrio do mercado. Ele lembrou que, em 2008, quando havia pouca oferta de feijão no país, o governo decidiu incentivar a produção pagando um preço mínimo atrativo para o cultivo.

O que vem ocorrendo, no entanto, é que com isso a oferta do produto tem sido elevada num primeiro momento, mas seguida por um desestímulo ao plantio, porque os preços acabam caindo na sequência em função do excesso de feijão no mercado.

? Chegamos a um preço que remunera, mas que não chega a ser um incentivo muito grande ? resumiu Bittencourt.

O secretário explicou que a intenção é a de reduzir a volatilidade dos preços, mas ele tem claro que as oscilações continuarão, ainda que em menor variação, porque se trata de uma cultura trimestral.

Para algodão em caroço, em pluma, arroz longo e longo fino, caroço de algodão, casulo de seda, feijão macaçar, milho de pipoca, sisal e sorgo, os preços mínimos serão mantidos de uma safra para a outra.

Reajuste

O governo decidiu ampliar o preço mínimo pago às culturas de alho, amendoim, borracha natural, castanha de caju, mamona em baga, raiz de mandioca e seus derivados, de juta, de malva, do leite, e dos produtos da sociobiodiversidade, como açaí, pó cerífero e pequi. Também houve aumento do preço mínimo de 13,8% para a soja nos Estados de Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Pará e Acre, que passou de R$ 20,09 para R$ 22,87 a saca de 60 quilos. Nas demais áreas de produção foi mantido o pagamento mínimo de R$ 25,11.