Ministro diz que Brasil se acostumou a ver o ambiente rural como lugar de atraso e de pobreza

Luiz Dulci defendeu que somente o campo é capaz de garantir segurança alimentar no paísAo participar da cerimônia de abertura do 2º Festival Nacional da Juventude Rural, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou nesta terça, dia 27, que o país se acostumou a ver o ambiente rural como um lugar de atraso e de pobreza. Ele lembrou, entretanto, que somente o campo é capaz de garantir segurança alimentar no Brasil.

? Todos os países do mundo estão preocupados em resolver três agendas: segurança alimentar; mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável; e a construção de uma outra matriz energética. Tudo isso tem a ver com a construção de um [ambiente] rural mais igual ? disse.

Durante o evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, destacou que todas as conquistadas alcançadas no âmbito dos trabalhadores ? rurais e urbanos ? se deram por meio de mobilização. Ele cobrou maior participação da juventude rural na elaboração de políticas públicas e afirmou que vontade política nem sempre é suficiente.

? Transformação social não se faz sem o povo na rua. Os movimentos sociais têm um grande mérito nessas conquistas. A participação social na elaboração de políticas públicas tornou-se um método de governo ? avaliou o ministro.

Segundo Dulci, políticas de saúde e educação para jovens, por exemplo, não existiam ? estavam “diluídas” em políticas para o público em geral.

? A juventude era invisível no Brasil ? concluiu.

O 2º Festival Nacional da Juventude Rural prossegue até sexta, dia 30, e deve reunir cerca de cinco mil jovens trabalhadores rurais de todo o país para discutir a questão rural. O evento é promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Os jovens vão debater políticas públicas de educação, saúde, reforma agrária, crédito agrícola e direitos humanos com representantes do governo federal, de universidades públicas e de organismos internacionais, além de organizações não governamentais.