Amorim diz que ajuda ao desenvolvimento é resposta para manter economia funcionando

Chanceler brasileiro participou da Conferência Internacional sobre Financiamento para Desenvolvimento das Nações Unidas, em DohaO ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou neste domingo, dia 30, que a ajuda ao desenvolvimento não deve ser vista apenas como uma obrigação moral, mas também como a "resposta correta para manter a economia funcionando" no atual contexto de crise. A declaração foi feita na Conferência Internacional sobre Financiamento para Desenvolvimento das Nações Unidas, realizada em Doha, no Catar.

? É verdade que todos estamos no mesmo barco e que o barco ainda corre o risco de afundar, mas desta vez o buraco apareceu na primeira classe ? afirmou.

Por isso, o chanceler brasileiro disse que os países desenvolvidos devem ser os responsáveis por restaurar o crescimento da economia global e de diminuir o impacto da crise nas nações em desenvolvimento.

Amorim também citou a recente cúpula de chefes de Estado e de governo do G20 (que reúne os países mais ricos e as principais economias emergentes), realizada em 15 de novembro em Washington. A respeito desse encontro, o chanceler brasileiro destacou a determinação do grupo em “trabalhar junto para refundar o sistema financeiro” e disse ainda que as Nações Unidas “podem e deveriam contribuir para esse debate”. Para Amorim, a ONU continua sendo “o fórum mais democrático e representativo, o único que pode dar legitimidade ao processo de reforma”.

O chanceler também defendeu profundas mudanças nos organismos internacionais e ressaltou o crescente consenso em torno de uma nova arquitetura financeira que leve em consideração o peso e a influência dos países em desenvolvimento na tomada de decisões.