TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

ApexBrasil e Unem firmam convênio para exportação de farelo de milho

Parceria faz parte da estratégia de promoção do etanol como alternativa energética e aumentar a oferta de farelo de milho para produção de proteína animal

Promover o farelo de milho (DDG/DDGS) no mercado internacional. Esse é o intuito do convênio firmado entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) nesta segunda-feira (10).

Promover o farelo de milho (DDG/DDGS) no mercado internacional. Esse é o intuito do convênio firmado entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) nesta segunda-feira (10). O lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025 ocorreu no município de Sorriso, em Mato Grosso, nesta manhã. A parceria terá dois anos. O farelo de milho (DDG/DDGS) é um produto de nutrição animal resultado da produção de etanol de milho cultivado na segunda safra. O projeto faz parte da estratégia do Brasil em promover o etanol de milho como alternativa energética, agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo do cereal para produção de proteína animal. “É um passo inicial de uma grande agenda internacional de negócios”, comenta o presidente da Unem, Guilherme Nolasco. Conforme o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o presidente Luís Inácio Lula da Silva “trouxe de volta o que chamamos de Diplomacia Presidencial”, levando produtos brasileiros para o mercado externo. Jorge Viana classifica a cadeia produtiva do etanol de milho como “extraordinária” e que o convênio é fundamental para ela “possa ser competitiva mundo à fora”. “O estado de Mato Grosso precisa ser bem tratado, porque aqui nós temos um case de sucesso e esforço muito grande dos produtores em melhorar a sua produtividade. E, acho que cabe a nós que somos de o governo melhorar a infraestrutura, principalmente, abrir mercado”, diz Jorge Viana. Produção de etanol e farelo de milho no Brasil A produção de milho, pontua a Unem, está inserida dentro de uma economia circular, com alto aproveitamento do grão. Um dos produtos oriundos da produção de etanol de milho é o farelo, chamado de DDG/DDGs, (distiller´s dried grains/grãos secos por destilação) ou DDGS – (distiller´s dried grains with solubles/grãos secos por destilação com solúveis) utilizado na nutrição animal. A utilização do farelo na indústria de etanol de milho começou a partir de 2010. Conforme dados da Unem, o país 20 indústrias usinas de etanol de milho em operação e outras nove usinas com autorização para construção. Somente para a safra 2023/2024 de etanol de milho são esperados seis bilhões de litros de biocombustível. Mato Grosso é o principal produtor do biocombustível e deverá ser responsável por quase 70% da produção nacional, com em torno de 4,16 bilhões de litros de etanol de milho. Para a atual safra, a estimativa de produção brasileira é de 3 milhões de toneladas de DDG/DDGS, e as projeções indicam que até 2031/2032 a produção brasileira de DDG/DDGS chegará a aproximadamente 6,5 milhões de toneladas. Tanto a Unem quanto a ApexBrasil pontuam que o esse excedente de farelo de milho tem potencial de atender diversos mercados internacionais, uma vez que é crescente a busca por ingredientes alternativos na alimentação animal, que representa hoje cerca de 80% dos custos de produção das carnes. “Já estamos exportando DDG. O ano passado foram 274 mil toneladas. Esse ano de janeiro a maio beiramos as 400 mil toneladas. Esse projeto definiu oito países alvos. A expectativa é que a gente possa usar o mercado internacional para balizar preços, regular o mercado interno”, comenta Guilherme Nolasco. Os mercados-alvo foram selecionados com base na produção pecuária e tratam-se da China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã. Convênio auxiliará na transição energética O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, salienta também que o convênio tem papel importante para a transição energética do país. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta que o Brasil tem capacidade para elevar a mistura de etanol anidro na gasolina de 27,5% para 30%. “A transição energética do país vai cada vez mais passar pelos biocombustíveis e o nosso é o etanol e ele vai crescer, porque é determinação do presidente Lula”. O investimento em infraestrutura de logística, conforme Carlos Fávaro, será fundamental, inclusive, para a ampliação da produção de etanol de milho e seus co-produtos, como é o caso do farelo de milho. O ministro da Agricultura e Pecuária ressalta que somente no primeiro semestre o Ministério da Infraestrutura destinou para Mato Grosso cerca de R$ 500 milhões para a recuperação de rodovias federais pavimentadas e outros R$ 500 milhões, aproximadamente, para novas obras. “Isso vai dando aos poucos competitividade e segurança aos produtores”, diz Carlos Fávaro, pontuando que “que sempre digo que um tijolo que for assentado em infraestrutura de logística em qualquer região beneficia o Brasil”, como é o caso das ferrovias.
Foto: Assessoria Unem

O lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025 ocorreu no município de Sorriso, em Mato Grosso, nesta manhã. A parceria terá dois anos.

O farelo de milho (DDG/DDGS) é um produto de nutrição animal resultado da produção de etanol de milho cultivado na segunda safra.

O projeto faz parte da estratégia do Brasil em promover o etanol de milho como alternativa energética, agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo do cereal para produção de proteína animal.

“É um passo inicial de uma grande agenda internacional de negócios”, comenta o presidente da Unem, Guilherme Nolasco.

Guilherme Nolasco presidente Unem convênio apex
Guilherme Nolasco, presidente Unem. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Conforme o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o presidente Luís Inácio Lula da Silva “trouxe de volta o que chamamos de Diplomacia Presidencial”, levando produtos brasileiros para o mercado externo.

Jorge Viana classifica a cadeia produtiva do etanol de milho como “extraordinária” e que o convênio é fundamental para ela “possa ser competitiva mundo à fora”.

“O estado de Mato Grosso precisa ser bem tratado, porque aqui nós temos um case de sucesso e esforço muito grande dos produtores em melhorar a sua produtividade. E, acho que cabe a nós que somos de o governo melhorar a infraestrutura, principalmente, abrir mercado”, diz Jorge Viana.

Produção de etanol e farelo de milho no Brasil

A produção de milho, pontua a Unem, está inserida dentro de uma economia circular, com alto aproveitamento do grão. Um dos produtos oriundos da produção de etanol de milho é o farelo, chamado de DDG/DDGs, (distiller´s dried grains/grãos secos por destilação) ou DDGS – (distiller´s dried grains with solubles/grãos secos por destilação com solúveis) utilizado na nutrição animal.

Jorge Viane presidente da ApexBrasil convênio Unem
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A utilização do farelo na indústria de etanol de milho começou a partir de 2010. Conforme dados da Unem, o país 20 indústrias usinas de etanol de milho em operação e outras nove usinas com autorização para construção.

Somente para a safra 2023/2024 de etanol de milho são esperados seis bilhões de litros de biocombustível. Mato Grosso é o principal produtor do biocombustível e deverá ser responsável por quase 70% da produção nacional, com em torno de 4,16 bilhões de litros de etanol de milho.

Para a atual safra, a estimativa de produção brasileira é de três milhões de toneladas de DDG/DDGS, e as projeções indicam que até 2031/2032 a produção brasileira de DDG/DDGS chegará a aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.

Tanto a Unem quanto a ApexBrasil pontuam que o esse excedente de farelo de milho tem potencial de atender diversos mercados internacionais, uma vez que é crescente a busca por ingredientes alternativos na alimentação animal, que representa hoje cerca de 80% dos custos de produção das carnes.

“Já estamos exportando DDG. O ano passado foram 274 mil toneladas. Esse ano de janeiro a maio beiramos as 400 mil toneladas. Esse projeto definiu oito países alvos. A expectativa é que a gente possa usar o mercado internacional para balizar preços, regular o mercado interno”, comenta Guilherme Nolasco.

Os mercados-alvo foram selecionados com base na produção pecuária e tratam-se da China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.

Carlos Fávaro convênio ApexBrasil e Unem
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Convênio auxiliará na transição energética

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, salienta também que o convênio tem papel importante para a transição energética do país.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta que o Brasil tem capacidade para elevar a mistura de etanol anidro na gasolina de 27,5% para 30%.

“A transição energética do país vai cada vez mais passar pelos biocombustíveis e o nosso é o etanol e ele vai crescer, porque é determinação do presidente Lula”.

O investimento em infraestrutura de logística, conforme Carlos Fávaro, será fundamental, inclusive, para a ampliação da produção de etanol de milho e seus co-produtos, como é o caso do farelo de milho.

O ministro da Agricultura e Pecuária ressalta que somente no primeiro semestre o Ministério da Infraestrutura destinou para Mato Grosso cerca de R$ 500 milhões para a recuperação de rodovias federais pavimentadas e outros R$ 500 milhões, aproximadamente, para novas obras.

“Isso vai dando aos poucos competitividade e segurança aos produtores”, diz Carlos Fávaro, pontuando que “que sempre digo que um tijolo que for assentado em infraestrutura de logística em qualquer região beneficia o Brasil”, como é o caso das ferrovias.

 

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