Área plantada de soja deve crescer 4% na próxima safra

Estudo feito pela consultoria Safras & Mercado aponta produção recorde de 94,4 milhões de toneladas da oleaginosa

A área a ser plantada com soja na temporada 2014/15 deverá crescer 4% na comparação com 2013/14, ocupando 31,213 milhões de hectares. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio, divulgado pela consultoria Safras & Mercado.

Se o aumento for confirmado e contando com clima favorável, a produção brasileira na próxima temporada deverá bater recorde, somando 94,451 milhões de toneladas, com crescimento de 9% sobre o total colhido em 2013/14, de 86,623 milhões de toneladas. A tendência de aumento na área a ser plantada está baseada na comercialização com preços remuneradores da safra anterior.

– A soja tende a ganhar área do milho na maior parte dos estados, devido às condições mais favoráveis em termos de preços – confirma o analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque.

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O consultor destaca ainda a opção dos produtores da região norte em apostar na soja, com áreas novas e também ocupando áreas de pastagem.

– É importante lembrar ainda que, em muitos estados, a alternativa dos produtores tem sido de diminuir a área de verão do milho e plantar mais do cereal na safrinha. A soja ocuparia este espaço – acrescenta Roque.

O mercado brasileiro de soja apresentou ritmo moderado de negócios nesta semana. A reação em Chicago garantiu a firmeza dos preços, mas os negociadores seguem retraídos. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 63,00. Na região das Missões (RS), o preço estabilizou em R$ 62,50 por saca.

No porto de Rio Grande, as cotações permaneceram em R$ 67,00 por saca. Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 62,50 por saca. No porto de Paranaguá (PR), a cotação atingiu R$ 67,50 por saca. Em Rondonópolis (MT), o preço firmou em R$ 59,30. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 58,00.

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Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Os contratos atingiram os melhores níveis em uma semana, refletindo positivamente os números de exportação semanais, divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Diante da recente queda nas cotações, a demanda externa pela soja americana se aqueceu. As cotações chegaram a atingir os menores níveis em dois anos. Os especuladores também buscam um melhor posicionamento, apostando em um mês de agosto de temperaturas elevadas e poucas chuvas. Se estas condições persistirem, a produtividade da safra americana pode ser comprometida.

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As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2013/14, com início em 01 de setembro, ficaram em 226.700 toneladas na semana encerrada em 17 de julho. O número subiu significativamente frente a semana anterior e ante a média das últimas quatro semanas. Para 2014/15, houve exportação líquida de 2.451.100 toneladas.

Mercado & Cia

Em participação nessa quinta-feira, dia 24 de julho, no programa Mercado & Companhia, exibido às 12h20 no Canal Rural, o consultor de Safra & Mercado Luiz Fernando Roque comentou sobre a expectativa de uma supersafra brasileira e norte-americana, o que pode criar um período de instabilidade de preços, com altas e baixas nos valores da oleaginosa. O clima é outro fator que tem influenciado a Bolsa de Chicago.

Questionado se o produtor deve investir pesado neste momento, o analista de mercado pede cautela até uma melhor definição dos rumos da próxima safra.

– É um ano delicado. Estamos trabalhando com a possibilidade de supersafra nos Estados Unidos e na América do Sul. A tendência é que Chicago tenha mais ajustes para baixo. O produtor deve ter muito cuidado neste momento – alerta Roque.

Confira a participação do consultor Luiz Fernando Roque no programa Mercado & Cia:

Assista ao comentário do analista de Safras & Mercado Paulo Molinari no Rural Notícias:

 

Soja Brasil, com informações de Safras & Mercado.