Área plantada no país deve aumentar até 3% em 2015/2016

Previsão é do vice-presidente da BASF no país, que também estima problemas logísticos para a entrega de insumos e rentabilidade abaixo das últimas safras

A área plantada com soja no Brasil em 2015/2016 poderá crescer entre 2% e 3%, batendo novo recorde. A previsão foi feita pelo vice-presidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF, Eduardo Leduc.

Segundo Leduc, mesmo com os preços mais baixos e a rentabilidade comprometida, a ideia já era de uma ampliação na área com a oleaginosa. O executivo projeta que ao menos 30% dos produtores brasileiros trabalhem nesta temporada abaixo do ponto de equilíbrio, com custos maiores que os preços. A nova fronteira agrícola do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) deve ser uma das mais afetadas na visão de Leduc.

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O executivo alerta, no entanto, para os problemas de logística que o setor deverá enfrentar no segundo semestre do ano, já que as entregas de insumos estão atrasadas.

– A tendência é que falte caminhão e que as estradas congestionem – afirma.

Apesar da recente reação dos preços internacionais, a rentabilidade do produtor de soja tende a ser menor, devido aos elevados estoques mundiais, provenientes de safras recordes no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos.

– A demanda segue firme, mas o mercado tende a se acomodar com os estoques elevados – destaca.

Alta em Chicago

Desde março até 24 de junho, o contrato spot da soja em Chicago operou abaixo da casa de US$ 10,00 por bushel. Somente a partir do excesso de chuvas nas regiões produtoras dos Estados Unidos, este patamar foi atingido.

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Nessa terça, dia 30, a Bolsa de Chicago (CBOT) superou a casa de US$ 10,50, após dados positivos para os preços divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se Chicago confirmar níveis ainda mais satisfatórios, o aumento de área tende a se consolidar.

– Mesmo quando o preço estava abaixo de US$ 10,00 na Bolsa de Chicago, a rentabilidade tende a ser problemática e o ano pode ser bem difícil – projeta Leduc, ressalvando que o produtor brasileiro está acostumado com períodos difíceis e que o momento exige investimentos.

Com informações da Agência Safras.

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