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Área de soja deve manter crescimento, mesmo com baixa das cotações

Levantamento da Céleres indica avanço de 2,3% em relação à safra anterior

Fonte: Carlos Roberto Dellavalle Filho/Lagoa Vermelha (RS)

Em seu 1º acompanhamento da safra de soja 2015/2016, a consultoria Céleres indicou o nono aumento consecutivo da área destinada à cultura, que deve alcançar 32,2 milhões hectares, um incremento de 2,3% em relação à superfície plantada na safra passada. Apesar da perspectiva baixista para as cotações internacionais no decorrer de 2016 e dos custos mais altos para o plantio, a expansão da área desta temporada se deve à manutenção da rentabilidade da soja, garantida pela desvalorização do real.

– O avanço da área a ser semeada se torna cada vez mais marginal, ou seja, sem grandes aumentos, visto que os preços previstos estão abaixo dos custos de abertura em novas áreas – diz a consultoria.

Considerando a tendência dos últimos 15 anos, a produtividade é projetada em 3,02 tonelada por hectare, 1,2% menor que em 2014/2015. Vale lembrar que devido ao atraso das vendas do milho de inverno e da liberação dos recursos subsidiados, parte dos produtores ainda não adquiriu o pacote tecnológico para a próxima safra, logo, além de fatores climáticos, o grau de tecnologia a ser utilizado em 2015/2016 deve impactar nos ajustes dos nossos números de produtividade daqui para frente.

Desta forma, a produção esperada para a safra 2015/2016 deverá ser de 97 milhões toneladas, avanço de 1,2% na comparação com a safra anterior. Segundo o estudo, a depender do favorecimento das condições climáticas, não seria improvável que a produção brasileira em 2015/2016 chegasse, finalmente, à marca dos 100 milhões toneladas.

Os principais fatores de estímulo ao plantio nesta temporada deverão ser o patamar cambial, que manterá a remuneração dos produtores; e a falta de opções mais lucrativas para o plantio no verão.
 
Milho

Para a cultura de verão, a Céleres calcula que a área a ser plantada deva ser 2% menor que na safra passada, ficando em 5,89 milhões de ha em 2015/2016. A diminuição da área de milho verão se deve às melhores margens da soja, ao avanço dos custos de produção para esta temporada e, principalmente, à tendência do produtor focar na soja, no verão, e no milho, no inverno.

Seguindo a mesma metodologia de projeção, a produtividade da safra 2015/2016 de milho verão deverá ser de 5,24 t/ha, aumento de 1,8% em relação à safra passada. Assim como na soja, os ajustes das produtividades de milho deverão ocorrer assim que começarem as observações de campo. Diante disso, a produção do milho verão deverá diminuir em 0,3%, ficando em 30,86 milhões toneladas, com intervalo entre 25,7 milhões de toneladas e 36 milhões de toneladas.

Já para o milho inverno, a consultoria mantém a perspectiva de crescimento de área para a safra 2015/2016, que deverá alcançar 9,64 milhões de ha, 4,4% maior que na temporada passada. Juntamente com a projeção da produtividade em 5,91 t/ha, a produção da safra de inverno deverá alcançar 57 milhões de toneladas, aumento de 3,2% na comparação com a temporada 2014/2015.

No geral, a Céleres aponta que a área total no país em 2015/2016 deverá ser de 15,2 milhões de ha, 3,2% menor que na safra anterior. Já a produtividade deverá ser 7,6% maior que em 2014/2015, chegando a 5,65 t/ha. Deste modo, a produção nacional deve alcançar 86,2 milhões de toneladas, incremento de 4,2% na mesma comparação, ou seja, a diminuição da safra de verão será compensada pelo aumento da safra inverno.
 
Algodão

No seu 1º levantamento de safras, a Céleres estima para o algodão 2015/2016 uma área de 1,01 milhão de ha, acréscimo de 1,8% em relação à safra passada. Já a produtividade da pluma é estimada em 1,62 t/ha, 5,1% maior que em 2014/2015. Com isso, a produção de caroço deverá ser de 2,54 milhões de toneladas e a produção de pluma de 1,64 milhão de toneladas, com avanço de 7% sobre a produção na safra anterior.

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