Atividade industrial de SP piora entre julho e agosto

Lideranças do setor acreditam, entretanto, que o pior da crise já passouA atividade da indústria de São Paulo piorou entre julho e agosto. Os dados foram divulgados nesta terça, dia 29, pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Apesar disso, as lideranças do setor acreditam que o pior da crise já passou e apostam na recuperação da economia brasileira.

O desempenho ficou negativo quando a pesquisa considera o ajuste sazonal, ou seja, leva em conta a característica típica do período para cada setor. Com este critério, houve queda de 0,8% na atividade da industria paulista em agosto em relação a julho. Na comparação com agosto do ano passado, a produção diminuiu 7,4%.

Já sem o ajuste sazonal, o desempenho cresceu 2,7% entre julho e agosto. No acumulado do ano, a atividade industrial em São Paulo caiu 12,8%, o pior resultado desde 2003. A Fiesp informou ainda que a utilização da capacidade das fabricas praticamente não mudou. Em agosto, as indústrias operavam com 81,6% da capacidade. Em julho, este numero estava em 81,5%.

Apesar dos resultados ainda negativos, a Fiesp acredita que a pior fase da crise já está superada.

? Naqueles setores que dependem mais do mercado interno e dependeram de crédito, a retomada do crédito, a redução de juros e, ainda, a desoneração tributária fizeram com que houvesse uma reação. A crise nos atingiu de outubro a março. Em abril, maio e junho parou de piorar e a partir de julho iniciou uma recuperação, lenta, mas houve uma recuperação. A sensação que nós temos é de que o pior já tenha ficado para trás ? afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A sensação é reforçada pelo Sensor, também divulgado nesta terça pela federação. O indicador que mede a confiança dos empresários em relação à economia ficou em 57,8 pontos na segunda quinzena de setembro. É o melhor resultado desde o início da pesquisa, em 2006. Quando o indicador está acima dos 50 pontos, indica otimismo.