Boi gordo: frigoríficos alongam escalas e buscam preços mais baixos

Mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta segunda-feira, de acordo com avaliação da consultoria Safras & Mercado

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta segunda-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos iniciam a semana apresentando uma condição mais satisfatória em suas escalas de abate, posicionadas entre quatro e cinco dias úteis.

“Existem algumas tentativas de compra abaixo da referência média, mas, até o momento, sem êxito. Animais padrão China ainda são negociados com ágio de até R$ 5 em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, disse Iglesias.

O cenário segue preocupante em relação ao movimento de queda dos preços da suinocultura na China. A Bolsa de Dalian apresentou queda de 4% nessa segunda-feira, 21. “Esse movimento aponta para avanços da oferta de suínos no mercado chinês, e nesse tipo de ambiente haverá uma menor necessidade de importação, colocando em xeque o resultado das exportações brasileiras no decorrer do segundo semestre”, disse o analista.

Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 – R$ 319, na modalidade a prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba, estável.

Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada. Em Uberaba (MG), preços a R$ 312 a arroba, estável.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por pouco espaço para recuperação dos preços no restante do mês, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.