Principais compradores de produtos agropecuários brasileiros, os chineses farão, inicialmente, negócios com 24 abatedouros localizados em oito Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
? É uma notícia fantástica especialmente para um setor que vive um momento difícil de redução das exportações em função da crise em alguns países importadores. Com o acordo que foi assinado na China existe a efetiva possibilidade de liberação de licenças para a importação de frango brasileiro. Já temos 22 plantas habilitadas a exportar ? comemorou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra.
As negociações ocorreram esta semana em Pequim, na China, entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, e o vice-ministro de Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção da República Popular da China, Wei Chuanzhong. No caso da carne de frango in natura, o restabelecimento do comércio é imediato, validado pelas duas autoridades.
? As autoridades chinesas se comprometeram em agilizar a análise das informações obtidas em outubro, durante a vinda de missão daquele país, para avaliar o serviço brasileiro de inspeção de suínos ? informou Kroetz.
Os governos do Brasil e da China ratificaram o protocolo que determina requisitos de inspeção, quarentena e saúde veterinária para a carne suína.
Grupo de Trabalho
Ainda durante as reuniões, foi criado um grupo de entendimento entre técnicos dos ministérios da Agricultura, do Brasil, e da Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção (AQSIC), da China, para manter o diálogo. A agenda do grupo vai priorizar, principalmente, os ajustes para comércio de frutas, lácteos, carnes bovina e suína, carne de aves termoprocessadas e material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia).
? Esses dois lados se encontrarão, periodicamente, para estabelecer as bases técnicas para o preparo de documentos que levam à harmonização de critérios para o comércio bilateral ? explicou o secretário do Mapa.