O objetivo é reduzir a dependência de mercados tradicionais como o norte-americano, que foi prejudicado no ano passado por causa dos problemas com o excesso do fungicida carbendazim.
A maior parte da produção brasileira é direcionada para exportação. Para se ter uma ideia, nos últimos 12 meses, o Brasil embarcou mais de um 1,1 milhão de toneladas de suco para o mercado internacional. No Brasil, o consumo ainda é pequeno, chega apenas a 40 mil toneladas de suco, segundo a CitrusBR. Para o diretor executivo da entidade que representa a indústria, o potencial de consumo interno pode chegar a 140 mil toneladas de suco. Quase três vezes mais. Mas é preciso o apoio do governo para o projeto ganhar força.
Cesário Ramalho, presidente da Sociedade Rural Brasileira e representante dos produtores, afirma que no momento é preciso que a cadeia produtiva una as forças. Segundo ele, o consumo do suco de laranja no mundo está em queda e o mercado brasileiro oferece um bom potencial.
Segundo dados da CitrusBR, o consumo de suco de laranja nos Estados Unidos caiu 37% nos últimos 13 anos. Maurício Mendes, membro do Grupo de Consultores em Citros, o Gconci, e presidente da Informa Economics Fnp, a crise mundial em 2008 e o surgimento de novas bebidas contribuíram para a redução no consumo. No Brasil, ele afirma que o investimento da indústria em uma bebida de qualidade pode aumentar ainda mais a demanda pelo suco.