LUTO

Cafeicultura brasileira perde Otto Vilas Boas

Ex-diretor da Cooxupé e um dos membros mais antigos da cooperativa, ele faleceu na madrugada desta quinta-feira (22) em Guaxupé (MG), aos 89 anos

Otto Vilas Boas, de 89 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira em Guaxupé, no sul de Minas Gerais. Otto era um dos membros mais antigos da Cooxupé, onde atuava como diretor comercial.

Ele estava internado na Santa Casa da cidade e a causa de sua morte não foi divulgada.

O velório teve início às 6 horas na capela do Lar São Vicente, e o enterro está programado para as 16h no Cemitério Municipal de Guaxupé.

A Cooxupé expressou pesar nas redes sociais pela morte de Otto, destacando sua dedicação de décadas ao desenvolvimento da cooperativa e da indústria cafeeira nacional.

“Otto Vilas Boas, um nome importante para a Cooxupé, dedicou-se incansavelmente ao crescimento da cooperativa e da cafeicultura brasileira. Apaixonado pelo café, durante seus 60 anos de trabalho no setor, ele sempre priorizou um atendimento de qualidade aos cooperados, lutando pelas necessidades e desejos dos produtores”, afirmou a mensagem divulgada.

“Apaixonado pelo café, Otto Vilas Boas lutou durante 60 anos na indústria cafeeira, sempre buscando atender às necessidades e expectativas dos produtores, com um compromisso constante com a qualidade. Prestamos nossas homenagens e gratidão a esse grande homem de fé, que nos deixa um legado incalculável. Toda a equipe da Cooxupé se solidariza com a família e amigos por essa dolorosa perda”, completou a nota.

Além de seu envolvimento na comercialização do café, Otto também era escritor.

Ele foi autor do livro “Homem de fé; senhor em café“, que relata seus 60 anos de experiência na venda de café brasileiro para o mundo. Essa obra se tornou um legado e uma referência para a Cooxupé, abordando os aspectos das tradições familiares em Minas Gerais.

“O livro é uma verdadeira lição sobre cooperativismo e cafeicultura, resultado de sua atuação como um dos fundadores e líderes da Cooxupé, bem como de suas experiências em entidades nacionais desse setor. Seu Otto, como é carinhosamente chamado por todos, ao longo desses anos como colaborador e associado, deixou-nos um legado indescritível. Mesmo diante dos desafios mais difíceis enfrentados pelo mercado de café ao longo dos anos, ele sempre incentivou com otimismo toda a classe produtora, mantendo a fé e a esperança”, declarou Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da cooperativa, por ocasião do lançamento do livro.