A produção brasileira de café na safra 2018/2019 deve alcançar recorde de 60,2 milhões de sacas de 60 quilos, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em relação à temporada anterior, quando foram colhidas 50,9 milhões de sacas, o crescimento é de 18,3%.
Conforme o USDA, as boas condições climáticas permitiram o desenvolvimento e enchimento dos frutos, especialmente nas regiões produtoras de conilon. Além disso, a maioria das lavouras de arábica está no ciclo positivo de produção bienal.
O departamento norte-americano espera que o Brasil produza 44,5 milhões de sacas de arábica, aumento de 6 milhões de sacas ante a safra anterior. De acordo com o órgão, uma parte da produção de café no Paraná e no sudeste de Minas Gerais atravessa ciclo bienal negativo, no entanto, “espera-se que a queda na produção seja menos intensa que a média”. A maior parte da colheita da variedade começa em maio e junho.
Já a produção de robusta está prevista pelo USDA em 15,7 milhões de sacas, alta de 27% em comparação com a safra 2017/2018. “Boas condições climáticas, especialmente chuvas abundantes, são os impulsionadores da maior produção esperada nos três principais estados – Espírito Santo, Rondônia e Bahia”.
As exportações de café para do Brasil para 2018/2019 devem voltar aos níveis de 35,33 milhões de sacas (32 milhões de sacas em grãos e 3,3 milhões de sacas em equivalente solúvel), crescimento de 4,91% em comparação com o período anterior, por causa da esperada maior disponibilidade do produto.
O consumo doméstico de café está projetado em 23 milhões de sacas (21,82 milhões de sacas de torrado e moído e 1,18 milhão de sacas em solúvel, respectivamente), o que corresponde a um aumento de 3% em relação ao período anterior, conclui o USDA.