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Soja: feriado trava negócios no Brasil; Chicago tem recuperação técnica

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: Pixabay

O mercado seguiu travado para a soja no Brasil nesta terça-feira, dia 20. O feriado em boa parte das regiões de comercialização prejudicou a movimentação. Os preços ficaram mistos, apesar da alta na Bolsa de Chicago.

Chicago

Os contratos futuros negociados na Bolsa de de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos. Após cair 2% na segunda e atingir o menor patamar desde 8 de novembro, o mercado se recuperou tecnicamente, com fundos e especuladores aproveitando aquisições de barganhas.

Um anúncio de venda de soja americana também ajudou a sustentar o mercado. Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 123.567 toneladas de soja para destinos não revelados. O produto será entregue na temporada 2018/2019.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 80
  • Cascavel (PR): R$ 76,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 74
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 83
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

  • Janeiro/2019: US$ 8,81 (-7,25 cents)
  • Março/2019: US$ 8,94 (+7 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,50, sendo negociada a US$ 307,10 por tonelada, com valorização de 0,52%. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 27,34 centavos de dólar, com alta de 0,02 centavo ou 0,07%.


Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de lentidão. O feriado em São Paulo e outras áreas reduziu ainda mais o interesse de compradores e vendedores. O Rio Grande do Sul está com atenções voltadas já para a entrada de oferta da safra de verão em janeiro, como destaca o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari.

Mercado externo

O grão fechou o pregão da Bolsa de Chicago com baixa nas cotações. O mercado estendeu as perdas da segunda-feira, quando foi pressionado pela fraca demanda pelo grão norte-americano, bem como pelas incertezas quanto à relação entre Estados Unidos e China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou ainda o cancelamento da venda de mais de 200 mil toneladas do grão norte-americano a destinos não revelados.

O USDA divulgou no começo da semana relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 18 de novembro, a área colhida estava em 90%. Em igual período do ano passado o número era de 89%. A média para os últimos cinco anos é de 93%. Na semana anterior, o percentual era de 84 pontos. O mercado esperava número de 91%.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

  • Dezembro/2018: US$ 3,61 (-1 cent)
  • Março/2019: US$ 3,72 (-1 cent)

Café

Os preços ficaram estáveis no Brasil. Com a queda na Bolsa de Nova York, o mercado nacional permaneceu muito calmo. O feriado em São Paulo e outras áreas, a ausência de pregão na BM&F e a falta de direcionamento no dólar colaboraram para a morosidade no dia.

Nova York

As cotações do arábica encerraram com desvalorização, em mais um dia de ampla volatilidade diante da valorização do dólar contra outras moedas. As perdas acentuadas do petróleo puxaram para baixo o café arábica e outras commodities nas bolsas de futuros.

Os fundamentos baixistas seguem sendo um fator presente no mercado, com o Brasil mantendo bom ritmo nas exportações e se encaminhando para fechar mais um mês embarcando mais de três milhões de sacas de café em grão.

Além disso, outras origens chegam com grandes safras no mercado e o clima é favorável para a próxima produção brasileira.

Bolsa de Londres

O café robusta encerrou as operações com preços mais baixos. Segundo traders, em mais uma sessão volátil, Londres acabou seguindo o comportamento do petróleo e de outras commodities, que caíram no dia.

A alta do dólar contra outras moedas pressionou diversas culturas. Já o petróleo apresentava perdas de mais de 5% quando Londres fechou. As perdas do arábica em NY também contribuíram para a queda do robusta.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 440 a R$ 455
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 445 a R$ 450
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 330
  • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

  • Dezembro/2018: US$c 110,65 (-1,70 cent)
  • Março/2019: US$c 114,90 (-1,75 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

  • Novembro/2018: US$ 1.625 (-US$ 7)
  • Janeiro/2019: US$ 1.637 (-US$ 7)

Dólar

O dólar à vista fechou em queda de 0,13%, negociado a R$ 3,7591 para venda, em dia de poucos negócios no mercado doméstico, em razão do feriado em mais de 800 cidades brasileiras, incluindo São Paulo.

Com a bolsa de valores (B3) sem atividade, o dólar não teve negociações no mercado futuro. No exterior, a aversão ao risco predominou nos mercados, principalmente ante moedas emergentes, com a queda de mais de 1% da lira turca e de quase 1% do rublo russo, rand sul-africano e do peso argentino.

Segundo o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, o ambiente negativo foi em reação às declarações do dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Nova York, John Williams, na segunda-feira, afirmando “que a economia norte-americana continua indo muito bem, forte e de que alta de juros deverá ser gradual”. Na sexta, porém, o presidente do Fed havia adotado tom mais suave em relação à condução da política monetária dos Estados Unidos.

O viés de baixa liquidez deve continuar nos próximos dias. “Nesta quarta-feira, enquanto estaremos de volta ao mercado após uma semana de baixo volume de negócios, em decorrência de dois feriados, os norte-americanos se preparam para o feriado deles e a liquidez só deve voltar na segunda-feira”, comenta Rugik.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 21

Sul

O tempo segue estável pela região, principalmente sobre o Rio Grande do Sul, onde as temperaturas devem ficar baixas no período da manhã, por conta do tempo aberto.

Com a presença do sol, principalmente nas áreas do oeste catarinense, paranaense e gaúcho, faz bastante calor, podendo alcançar até os 30°C em algumas áreas.

No Paraná e em Santa Catarina, principalmente na faixa leste, as temperaturas não devem subir muito, porque o dia fica nublado e sem a presença do sol. Dá aquela sensação de frio.

Sudeste

A chuva segue atuando sobre as áreas do sul de Minas Gerais, com pancadas de chuva forte e volumosa. Em outras áreas, como no norte mineiro, norte e leste paulista e em ambos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, as condições são de pancadas de chuva.

No sul de São Paulo o tempo fica mais nublado e com chuva em algumas áreas, porém de forma rápida e isolada.

As temperaturas devem ficar mais baixas ao longo do dia pelo leste de São Paulo, Sul de Minas Gerais e também em áreas do Rio de Janeiro. Nas demais áreas, o calor predomina e, devido ao aquecimento diurno, a nebulosidade aumenta e causa chuva.

Centro-Oeste

Um sistema de alta pressão que atua sobre o Sul também diminui a quantidade de nebulosidade observada sobre o sul de Mato Grosso do Sul, que fica com tempo firme e bastante presença do sol. Além disso, ele ajuda a organizar a precipitação causada por um sistema de baixa pressão que atua sobre as demais áreas do Centro-Oeste.

Assim, os volumes concentram-se nas áreas do sul de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul, onde a chuva atua de maneira moderada, elevando os acumulados para níveis significativos.

Nas demais áreas, as temperaturas sobem ao longo do dia, mesmo com chance de pancadas de chuva na parte da manhã, deixando a sensação de tempo abafado.

Nordeste

O predomínio é de tempo firme céu limpo em boa parte do Nordeste. Por conta disso, faz calor na região, com temperaturas que passam dos 36°C pelo norte do Piauí e leste do Maranhão.

Já na faixa costeira que vai do Rio Grande do Norte até sul da Bahia e boa parte do Maranhão, chove na forma de pancadas rápidas e Isoladas, e as temperaturas caem um pouco.

Norte

As chuvas ficam bem distribuídas em toda a região, na forma de pancadas fortes e isoladas no fim do dia. Chove forte com grandes acumulados no norte do Pará e também no Amazonas. Além disso, as temperaturas ficam elevadas e a sensação é de tempo abafado.