Agricultura

Soja, milho e café se desvalorizam nas bolsas internacionais

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

grãos de soja, milho e café
Montagem: Canal Rural

A soja fechou a semana passada com baixas na Bolsa de Chicago. Na semana, a posição janeiro acumulou queda de 1,75%.

O mercado foi pressionado pela ameaça de paralisação do governo norte-americano, caso os Democratas votem no Senado contra o fundo de US$ 5,7 bilhões – aprovados pela Câmera dos Deputados – para a construção do muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Se o governo parar, pode não haver tempo para a apresentação das exportações semanais e também pode não ser divulgado o relatório de oferta e demanda de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Trump já ameaçou que a paralisação vai durar por muito tempo, caso os Democratas votem contra o fundo.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,84 (-8,75 cents)
  • Março/2019: US$ 8,97 (-8,50 cents)

Brasil

O mercado brasileiro  teve uma sexta-feira praticamente parada em termos de negócios, com lentidão ante o feriado de Natal e festividades adiante de Ano Novo. Com a falta de liquidez e com a queda na Bolsa de Chicago sendo compensada pela alta do dólar, as cotações seguiram estáveis no dia.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 79
  • Cascavel (PR): R$ 72,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 81,50
  • Paranaguá (PR): R$ 79
  • Rio Grande (RS): R$ 80
  • São Francisco (SC): R$ 81,50
  • Confira mais cotações

Milho

Na sexta-feira, dia 21, o milho se valorizou na Bolsa de Chicago. O mercado buscou suporte no indicativo de boa demanda para o cereal norte-americano. Na semana, porém, a posição março de 2019 acumulou queda de 1,62%.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 222,5 mil toneladas de milho para destinos não revelados. O cereal será entregue na temporada 2018/2019.

Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia tem que ser reportada ao USDA.

O mercado também monitora a ameaça de paralisação do governo norte-americano caso os Democratas votem no Senado contra o fundo para a construção do muro na fronteira.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,78 (+3,25 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,86 (+3,25 cents)

Brasil

Preços estáveis no mercado interno, que seguiu com fraca movimentação. Muitos agentes já estão fora de atividade e empresas entrando em período de recesso ante as festividades de final de ano.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 39
  • Paraná: R$ 34
  • Campinas (SP): R$ 40
  • Mato Grosso: R$ 22
  • Porto de Santos (SP): R$ 39
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro teve uma sexta-feira de preços estáveis. No começo do dia houve maior movimentação, quando a bolsa de Nova York tinha ganhos,  mas, NY passou a cair e isso travou o mercado nacional.

Como o dólar subiu, houve compensação das perdas da bolsa e as cotações seguiram estáveis no país.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 335 a R$ 340
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 295 a R$ 300
  • Confira mais cotações

Nova York

O café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela valorização do dólar contra o real e outras moedas. Além disso, os fundamentos seguem baixistas, com ampla oferta global trazendo tranquilidade para o abastecimento e compradores.

O mercado rompeu a importante linha de US$ 1 a libra-peso. Por outro lado, não se afasta deste patamar, encontrando suporte técnico.

No balanço da semana, o contrato março acumulou uma baixa de 2,5%.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 99,70 (-2,80 cents)
  • Maio/2019: US¢ 102,90 (-2,75 cents)

Bolsa de Londres

O robusta terminou a semana com preços mais baixos na bolsa inglesa. Segundo traders, o mercado seguiu a desvalorização do arábica. Após quatro sessões de ganhos, também foi pressionado pela alta do dólar contra o real e outras moedas.

A ampla oferta global segue sendo fundamento baixista.

No balanço semanal, o contrato março acumulou uma queda de 1,4%.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.461 (-US$ 33)
  • Março/2019: US$ 1.491 (-US$ 33)

Nova call to action

Boi gordo

O mercado do boi gordo segue o compasso das festividades de fim de ano, com número mínimo de negócios e alguns frigoríficos pagando mais pela arroba, mas em situações específicas, diz a Scot Consultoria.

De acordo com levantamento realizado pela empresa na quarta-feira, dia 19, as indústrias trabalham com escalas feitas para pelo menos uma semana, considerando que temos alguns dias sem abates.

Mesmo nestas situações, no entanto, os frigoríficos não testam valores menores pois não há oferta suficiente para esta estratégia. Os pecuaristas não estão ativos nos negócios.

Vale destacar que a produção e boa parte do escoamento para a demanda da segunda quinzena já foi feita, o que diminui a necessidade de gado.

Para a volta aos negócios, após o Natal, a expectativa é de um cenário também calmo, mas com uma ou outra indústria pagando mais, em situações pontuais de necessidade.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 151
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 139
  • Dourados (MS): R$ 140
  • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 136
  • Marabá (PA): R$ 133
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,95 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 151
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 135
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 1,16%, cotado a R$ 3,8950 para a compra e a R$ 3,8970 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8456 e a máxima de R$ 3,8980.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou a semana com alta de 0,50%, com 85.697 pontos.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 24

Sul

A véspera de Natal será marcada por tempo instável e pancadas de chuva em boa parte da região. No entanto, vale ressaltar que as instabilidades se afastam e a chuva ocorre de forma menos intensa, com menor risco de temporais em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Apenas no leste do Paraná que o céu fica mais nublado e a chuva ainda ocorre de forma um pouco mais volumosa especialmente no litoral, devido aos ventos úmidos que sopram do mar contra à costa.

No Rio Grande do Sul, o tempo firme ainda predomina na maior parte do estado, ainda que com muita variação de nebulosidade.

Sudeste

As instabilidades persistem, ainda sob a influência do avanço da frente fria. Chuva volumosa entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com potencial para temporais especialmente na região metropolitana de Belo Horizonte.

Ressalta-se que ainda há volumes muito expressivos no litoral norte paulista, sul do Rio e sul de Minas, ainda com potencial para encharcamento do solo e deslizamentos de terra.

Outro destaque é que a véspera de Natal será de queda na temperatura e leve sensação de frio especialmente em São Paulo, devido aos ventos que sopram do quadrante sul em direção à faixa leste do estado.

Centro-Oeste

A expectativa ainda é de chuva sobre toda a região, especialmente entre Mato Grosso, sul de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul, isso por conta da formação de um canal de umidade influenciado pela frente fria na costa do Sudeste.

Nas demais áreas, a chuva ocorre de forma isolada e sem grandes acumulados. O que vale ressaltar é que o céu fica mais nublado e a chuva ocorre a qualquer momento em toda a metade sul goiana e divisa com o Mato Grosso do Sul.

Nordeste

As chuvas retornam por influência de instabilidade nos níveis mais altos da atmosfera. No entanto, vale ressaltar que são pancadas rápidas, isoladas e sem grandes acumulados.

O sol deve predominar durante a maior parte do dia, mantendo as temperaturas elevadas.

Norte

Ainda chove sobre toda o Norte do país devido a combinação entre o calor e a umidade da Amazônia. Os maiores acumulados seguem concentrados na faixa norte do Pará, porém sem grandes riscos de temporais.

O céu continua bastante nublado na faixa oeste do Amazonas, Acre e norte de Rondônia.