Certificação é barreira comercial para biocombustível, diz embaixadora

Embaixadora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores explica que barreiras comerciais indiretas são prejudiciais aos países em desenvolvimento.A embaixadora Mariângela Rebuá, diretora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores, afirmou na quinta, dia 4, que um dos maiores desafios ao comércio internacional de biocombustíveis são as certificações exigidas pelos mercados compradores.

– As barreiras comerciais assumem diferentes formas, como barreiras de certificação com critérios tendenciosos – disse ela durante o Simpósio de Agronegócio e Gestão, organizado pelo Pecege/Esalq/USP, em Piracicaba, cidade do interior de São Paulo.

Segundo Mariângela, essas barreiras comerciais indiretas são especialmente prejudiciais aos países em desenvolvimento.

– Processos de certificação dificultam participação de pequenos produtores porque as exigências são altas e custosas – afirmou.

Outra dificuldade para o comércio internacional de biocombustíveis é o fato de os negócios não contemplarem as vantagens ambientais dos produtos renováveis.

– Os custos referentes à redução das emissões não são embutidos nos preços dos biocombustíveis. Portanto, temos de assumir e enfrentar esse custo – afirmou, completando que ainda existem os impostos de importação e cotas de comércio.