Cerca de 140 jornalistas estrangeiros acompanham de perto as eleições no Brasil

Além de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, Porto Alegre virou alvo das atenções dos jornalistas estrangeiros, já que Dilma vota na capital gaúchaAs eleições presidenciais deste ano no Brasil chamam a atenção da imprensa internacional pela agilidade na apuração dos votos, a ausência de denúncias de fraudes e os temas colocados em debate. Além dos mais de 60 jornalistas estrangeiros que atuam como correspondentes permanentes no país, são esperados 80 profissionais do Exterior que deverão estar em várias cidades brasileiras para acompanhar as eleições.

Além de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Paulo, Porto Alegre virou alvo das atenções dos jornalistas estrangeiros. É que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vota na capital gaúcha.

Ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) vota na capital paulista onde o PSDB também prepara as comemorações, em caso de vitória. O Rio Janeiro é a cidade que representa o cartão postal do Brasil, enquanto Brasília é o retrato da política nacional.

Há 12 anos no Brasil, o jornalista Eduardo Davis, da espanhola EFE, disse à Agência Brasil que o mais surpreendente nas eleições brasileiras é a agilidade na apuração dos votos. Segundo ele, também chama a atenção a ausência de denúncias de fraudes nas apurações.

? A velocidade na contagem dos votos no Brasil é um exemplo para todos. É quase uma perfeição nesse sentido. Também há o diferencial de que nunca se veem denúncias na apuração dos votos ? afirmou Davis.

Correspondente da France Press em Brasília, o argentino Aldo Gamboa disse à Agência Brasil que estas eleições apresentaram alguns elementos novos em comparação às anteriores. Desde 1988, ele faz coberturas de campanhas presidenciais no país.

? Houve uma demora maior no registro dos programas eleitorais. Mas para mim [que sou estrangeiro], o sistema de programa gratuito de rádio e televisão é algo muito diferente, assim como o fato de a mídia pautar a campanha e não o contrário ? afirmou Gamboa.

A Associação de Correspondentes Internacionais Estrangeiros (Acie), com sede no Rio de Janeiro, mantém um cadastro com mais de 60 profissionais fixos no país. Há jornalistas de vários lugares da Europa, da América Latina e dos Estados Unidos. Países como o Japão, a Angola e o México têm um profissional cada, enquanto a China mantém dois jornalistas permanentemente no Brasil.

No primeiro turno das eleições, os principais jornais internacionais e os sites oficiais destacaram o fato de entre os favoritos na disputa estarem duas mulheres ? as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) ? e dois homens ? os candidatos José Serra (PSDB) e Plínio Sampaio (P-SOL) ? e a ampliação do espaço obtido pelo Partido Verde. A candidata da legenda, Marina Silva, conseguiu mais 19% dos votos.

A imprensa na Bulgária acompanha as eleições no Brasil de forma diferenciada porque considera Dilma búlgara. A ex-ministra é filha de pai búlgaro e mãe brasileira, o que para a sociedade da Bulgária é suficiente para Dilma ser considerada uma cidadã do país. Só a agência de notícias de Sófia (a capital da Bulgária) Novinite, em inglês, publicou três reportagens sobre a vida e a trajetória política da candidata do PT.