Com festas de final de ano, romã registra aumento nas vendas em São Paulo

Mesmo com predomínio da fruta importada, produção nacional está ganhando em qualidadeFruta considerada símbolo de prosperidade, a romã registra aumento nas vendas no final do ano. Nos últimos anos as vendas aumentaram 64% na Ceagesp, em São Paulo. Mesmo com o predomínio da fruta importada, a produção nacional está ganhando em qualidade.

O produtor Gilson Raeder, de Vinhedo, no interior de São Paulo, está contente com as frutas da safra de 2011. Com a ajuda do clima, a colheita deve se estender até março. Raeder espera colher cerca de 2 mil caixas da fruta, número menor que as 2,7 mil tiradas na safra do ano passado. A maior qualidade e valor devem compensar a queda.

— Eu consegui fazer uma diminuição na diferença entre o produto importado e o produto que eu estou conseguindo produzir aqui bem significativa. Os preços este ano estão bem melhores, pelo menos para os meus produtos em relação ao ano passado — comenta o produtor.

Em 2011 o produtor utilizou uma nova técnica para a produção da fruta na propriedade. O aumento no espaçamento entre as plantas na lavoura valorizou a fruta em pelo menos 20%. No ano passado, a caixa de quatro quilos era vendida por R$ 18, em média. Em 2011 a caixa está valendo R$ 22.

— O trato foi exatamente o mesmo. A poda foi exatamente a mesma. O que diferenciou foi o espaçamento entre as plantas — avalia Raeder.

As frutas do produtor são comercializadas na Ceagesp, em São Paulo. A romã nacional é comercializada por valores em torno de R$ 9 a R$ 10 o quilo. A fruta importada chega a ser vendida por até R$ 13. Apesar da diferença, a qualidade das duas está cada vez mais parecida.

Em 2011 cerca de 500 toneladas de romã devem ser comercializadas na Ceagesp, das quais cerca de 120 toneladas são dos Estados Unidos. A concorrência é vista como positiva por especialistas.

— Além do ganho em novos padrões de embalagens, ganho em qualidade, tem também o controle de preços. O controle dos índices inflacionários aumenta e faz com que os preços não apresentem elevação — explica o economista Flávio Godas.