Os trabalhos nas lavouras de algodão avançaram 12,81 pontos percentuais na última semana em Mato Grosso. No dia 4 de agosto o estado chegou a 35,12% dos 1,2 milhão de hectares destinado para a cultura nesta safra 2022/23. Entretanto, a colheita segue atrasada em relação a temporada passada. Preço da pluma apresenta queda de 34% ante 2022.
No ano passado, nesta época, a colheita de algodão 2021/22 em Mato Grosso encontrava-se em 58,24% da área, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A média histórica para últimos cinco anos é de 44,98%.
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O cenário de atraso nesta temporada está relacionado ao prolongamento do ciclo do algodão em Mato Grosso, ocasionado pelo alto volume de chuva no decorrer da safra.
Em relação as regiões do estado, aponta o Imea, a nordeste é a mais adiantada com a colheita. Até sexta-feira 74,40% da área havia sido colhida. O sudeste mato-grossense vem logo em seguida com 46,45% e o médio-norte com 35,78%.
A região noroeste colheu até o momento 28,89% de sua área destinada ao algodão, a centro-sul 28,16% e a oeste, uma das principais produtoras da fibra, 23,55%.
Demanda por algodão em queda preocupa
Ao passo que os trabalhos nas lavouras avançam, as preocupações dos cotonicultores quanto a demanda e os preços pagos pela arroba da pluma no mercado disponível também. Em 4 de agosto de 2022 a pluma em Mato Grosso no mercado disponível estava cotada em média a R$ 191,57, montante 34,3% superior à média de R$ 125,74 verificada na última sexta-feira.
Conforme dados do Imea, até junho, Mato Grosso havia comercializado antecipadamente 69,78% da produção de pluma prevista para a atual safra de 2,195 milhões de toneladas.
O boletim do algodão divulgado pelo instituto na semana passada mostrou que os preços do caroço disponível e da torta de algodão apresentaram recuo de 35,96% e 21,75%, respectivamente, em Mato Grosso no mês de julho em relação ao período o ano passado. A maior oferta e a franca demanda dos produtos são alguns dos fatores apontados para o cenário.
O boletim destacou que os preços do caroço disponível e da torta de algodão ficaram na média mensal de julho cotados a R$ 1.017,51 a tonelada e R$ 1.251,69 a tonelada.
“Esse cenário foi pautado pela maior oferta no mercado, reflexo do aumento de 12,94% na produção do caroço na safra 21/22 ante a 20/21”, disse o Imea.
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