A estatal chinesa National Chemical Corp, a ChemChina, anunciou nesta segunda, dia 22, que a Comissão sobre Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês) liberou sua proposta de aquisição da suíça produtora de sementes e agroquímicos Syngenta, em um acordo de US$ 43 bilhões, tirando um dos maiores obstáculos para a conclusão do negócio.
A aquisição da Syngenta pela ChemChina deverá ainda ser escrutinada por outros órgãos reguladores em diversos mercados. A CFIUS, em particular, avalia o risco de operações financeiras à segurança nacional e tem representantes de 16 departamentos e agências, incluindo o Tesouro e os departamentos de Segurança Interna e de Defesa, mas não o Departamento de Agricultura (USDA).
O órgão tem o poder de bloquear ofertas que considera uma ameaça à segurança do país, porque um quarto das vendas da Syngenta vêm da América do Norte. O acordo, que marca a mais ambiciosa tentativa de aquisição estrangeira por uma empresa chinesa até hoje, ainda está sujeita a avaliação antitruste, entre outras.
A ChemChina e a Syngenta afirmaram nesta segunda que esperam que o acordo seja concluído até o fim do ano.
A proposta de aquisição da ChemChina faz parte de uma série de investimentos em companhias estrangeiras por empresas chinesas. No acumulado do ano, as chinesas assinaram um recorde de US$ 159,2 bilhões em ofertas no exterior. Este volume já ultrapassou todo o montante registrado em 2015, de US$ 105,7 bilhões e é mais do que o triplo do volume de dois anos atrás, de acordo com Dealogic.