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Crédito rural: o que você precisa saber sobre Moderfrota, juros e recursos do Plano Safra

A CNA entregou nesta quinta-feira, dia 25, para o Ministério da Agricultura as principais propostas para o Plano Safra 2019/2020

preços do milho
Foto: Sistema Famasul

A Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) entregou nesta quinta-feira, dia 25, para o Ministério da Agricultura as principais propostas para o Plano Safra 2019/2020. O crédito rural, 

Uma pesquisa inédita da entidade, feita com produtores rurais de todo o país, identificou as maiores demandas e gargalos do segmento. O levantamento mostrou que 59,9% dos entrevistados disseram que o crédito rural é a demanda mais importante para o campo. O estudo ouviu mais de 1,2 mil produtores por meio de um formulário eletrônico de 1º de março e 5 de abril.

Confira os principais pontos que o produtor rural deve saber quando se trata de crédito rural.

1-Plano Safra vai dar mais atenção a pequeno e médio produtor, diz ministra 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já afirmou durante eventos que o Plano Safra 2019/2020 vai assegurar recursos especialmente aos pequenos e médios produtores. “Fiquem absolutamente tranquilos”, disse ela.

2-Redução de juros é prioridade para próximo Plano Safra

A proposta da CNA para o próximo Plano Safra é de redução geral no teto da taxa de juros do crédito rural. O pedido é para que se diminua meio ponto percentual nas principais linhas de custeio.

O pedido englobou ainda o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A expectativa é que os juros caiam dos atuais 4,6% para 4% ao ano. Para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o pedido é de redução de 6% para 5,5% ao ano. Para os demais produtores, o pedido é de queda dos 7%, em vigor nesta temporada, para 6,5% ao ano. Veja as outras reivindicações do setor no Blog de Brasília.

3-Governo sinaliza alta de juros para novo Plano Safra

O secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirmou que as taxas de juros de alguns programas, excluindo pequenos produtores, possam aumentar. Segundo ele, os juros do programas de custeio do grande produtor e alguns programas de investimento podem aumentar.

“Nós temos que fazer uma balança. Temos recursos obrigatórios, que não tem custo para o Tesouro, que é o Banco Central que provê através dos depósitos à vista, e tem recurso que precisa de equalização, que é recurso do programa de investimento, e tem a poupança rural. Para alavancar esse recurso eu tenho que fazer a conta dos juros versus a disponibilidade. Então para poder garantir um volume de recursos bom, no mínimo igual ao ano passado ou um pouco mais, talvez precise mexer na taxa de juros”, explicou. Confira mais de 20 perguntas e respostas sobre o assunto!

4-Produtor rural pode ficar sem máquinas agrícolas

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) vem alertando o setor que a falta de recursos para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) pode deixar o produtor rural sem conseguir comprar máquinas agrícolas em plena Agrishow, maior feira agrícola da América Latina.

A entidade já solicitou um aporte de recursos ao Ministério da Agricultura, com sugestões inclusive de remanejamento de verbas de outros programas suplementares. A Abimaq alega insuficiência dos valores do programa de financiamento para máquinas e implementos agrícolas até o fim do atual Plano Safra 2018/2019. 

5-Governo afirma que não será feito aporte de dinheiro para o Moderfrota

Em entrevista ao Blog da Kellen Severo, o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirmou que não será feito aporte de dinheiro para o Moderfrota neste momento, mesmo havendo demanda do setor de máquinas por mais recursos.

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