SEM TRÉGUA

Crise climática deixa agropecuária do Sul em situação crítica

Nos três estados da região, produtores enfrentam perdas de animais e redução da qualidade e da produtividade nos cultivos

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Foto: reprodução/redes sociais

A região Sul enfrenta uma grave crise climática, que vem impactando severamente a produção agropecuária.

No Rio Grande do Sul, o Vale do Taquari sofreu uma queda significativa na atividade leiteira, com perdas substanciais de animais devido a enchentes e doenças relacionadas à umidade excessiva.

O setor de frutas, especialmente pêssegos e ameixas, também enfrenta desafios com menor produtividade e o avanço da podridão parda, agravada pelas condições climáticas adversas, incluindo uma alta incidência de granizo.

Na cultura do tabaco, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) registrou mais de 18 mil ocorrências prejudiciais neste ano.

Os grãos, em geral, estão fortemente afetados. Na soja, o plantio enfrenta dificuldades devido à lentidão e áreas inacessíveis para as máquinas. No milho, muitos produtores desistiram da semeadura, optando por focar apenas na safrinha, enquanto as perdas no trigo ultrapassam os 25%.

Os impactos não se limitam ao Rio Grande do Sul; Santa Catarina também foi atingida por temporais nesta semana, resultando em situações desesperadoras, como a tentativa de um produtor em salvar suínos. Em diversas regiões, parreirais foram severamente danificados pelas enchentes.

No Paraná, mais de 200 milímetros de chuvas nesta semana levaram ao bloqueio de várias estradas. O Departamento de Economia Rural (Deral) destaca danos significativos no sul do estado, especialmente na produção de trigo, estimando uma redução de 300 mil toneladas na safra.

A situação climática desafiadora está levando agricultores e pecuaristas a enfrentar prejuízos expressivos, elevando as preocupações sobre a segurança alimentar e a economia nas regiões afetadas.