PREVISÃO

Demanda do Brasil por importação de fertilizantes pode crescer cerca de 20% até 2030

Necessidade global pode crescer entre 15% e 20% até o fim da década, aponta analista

A necessidade brasileira de importação de fertilizantes pode crescer cerca de 20% até 2030, segundo o analista de pesquisa e análise setorial para o mercado de insumos do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca.

Na estimativa, apresentada, nesta terça-feira (29), durante o Congresso Nacional de Fertilizantes, da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), ele leva em consideração a previsão do banco de uma produção de soja de até 200 milhões de toneladas em igual período.

Por esse motivo, Fonseca destacou a importância de agilizar o Plano Nacional de Fertilizantes, (PNF) tendo em conta que a necessidade de fertilizantes do mundo também deve crescer entre 15% e 20% até 2030, com a produção mundial de grãos crescente.

O diretor de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Carlos Leonardo Durans, disse que o desenvolvimento do PNF está avançado e reforçou o seu lançamento em novembro.

Durans mencionou ainda outras medidas do governo, como uma priorização da agenda de gás natural, e a aprovação do decreto que regulamenta as contrapartidas para o retorno das isenções fiscais prevista do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) na última quinta-feira (24), que afetam o setor.

Também presente no evento, o superintendente de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento, João Pieroni, reforçou o papel do BNDES na aproximação da indústria e de contribuir para projetos de fertilizantes paralisados no Brasil.

Entre as medidas estão uma parceria estratégica com a Petrobras, além de investimentos em inovação que também incluem fertilizantes.

O evento teve, ainda, a participação do presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, que reafirmou investimento da empresa de R$ 2,5 bilhões em fertilizantes no Norte e no Nordeste do Brasil.

Sob supervisão de Henrique Almeida

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