– A votação (na Câmara) mostra que é extremamente difícil derrubar um veto, mostra que não é bem assim. O governo vai analisar, a presidente ainda não definiu isso, porque nem sequer recebemos o texto definitivo da Câmara dos Deputados. O governo vai manifestar no momento adequado qual vai ser o seu comportamento frente ao texto – disse.
Para derrubar um possível veto da presidente, é preciso maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, ou seja, o aval de 257 deputados e 41 senadores. A presidente analisa vetar parcialmente o Código Florestal aprovado na Câmara para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada, sobretudo às margens de rios. O texto do relator Paulo Piau (PMDB-MG) foi aprovado por 274 votos a 184 na Câmara dos Deputados.
Vargas voltou a afirmar que a versão do texto aprovada no Senado Federal tinha mais equilíbrio entre produção e preservação dos ativos florestais.
– Não que o texto do Senado fosse ideal, mas era mais equilibrado. A presidente sempre reitera isso. Nós achamos que nesse processo é importante preservar a questão ambiental, mas preservar a produção. Principalmente das pequenas propriedades. Não podemos tratar da mesma forma uma propriedade que tem 10 mil hectares e uma que tem cinco hectares. Esse equilíbrio, em uma primeira leitura, não foi dado nesse texto (da Câmara) do Código Florestal – afirmou.
Questionado sobre se o governo e a presidente poderiam sair desmoralizados, às vésperas da conferência Rio+20, o ministro respondeu que não.
– Tenho certeza que o Brasil vai chegar bem na Rio+20 e o governo vai chegar muito bem. Inclusive no tema do Código Ambiental, porque a sociedade brasileira não tem dúvida da posição que o nosso governo adotou. Ficou clara a posição do governo – opinou.
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