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ESTÚDIO RURAL

Diagnóstico da cadeia leiteira de MT mostra oportunidades e desafios na atividade

Estudo busca entender o funcionamento e a realidade que os produtores têm enfrentado aos longos dos anos na produção de leite

Redução ano a ano da captação na cadeia leiteira de Mato Grosso. Os desafios e as oportunidades na atividade foram apontados em um estudo encomendado pela Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite-MT) e realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O chamado “Diagnóstico da Cadeia Leiteira em Mato Grosso”, ouviu cerca de 2,5 mil produtores, 24 laticínios e oito cooperativas, buscando entender a realidade do setor no estado. 

Mato Grosso, que já foi o 8º maior produtor de leite, caiu para 11º no ano passado e, no primeiro trimestre de 2023, recuou para o 12º lugar. 

O Estúdio Rural desta semana recebeu o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, para falar sobre as análises do estudo. 

Foto: Canal Rural Mato Grosso

“A gente consegue ter uma visão geral dos desafios do produtor, a aplicação de tecnologias no campo e quais as perspectivas de desenvolvimento dos últimos anos”, explica Gauer. 

Um dos pontos levantados pelo superintendente, é que o nível de escolaridade dos produtores é menor quando comparado com o de outras cadeias produtivas já analisadas no instituto. Sendo assim, a necessidade de ações para capacitação e tecnificação dos produtores torna-se maior. 

Além disso, Gauer comentou que cerca de 70% dos produtores possuem a maior parte da renda vinda da atividade leiteira. “Cerca de 50% relataram que têm ocupação com outras atividades gerais e quase 40% têm um outro emprego para complementar a renda. O produtor não consegue ter dedicação exclusiva e a propriedade não consegue gerar frutos o suficiente para ele se manter junto com a família”, explica. 

Foto: Freepik

Mão de obra familiar

Dado o perfil das propriedades analisadas, a mão de obra é majoritariamente familiar. Das leituras feitas no estudo, menos de 10% tem um contratação direta para atuar na atividade leiteira e cerca de 20% contrata mão de obra temporária. 

“A mão de obra, na maioria das vezes, é o produtor e a sua família. E quando a gente vê a atuação dos cônjuges, é algo muito significativo. 58% deles trabalham em algum ponto da propriedade. O casal está junto trabalhando operacionalmente. E os filhos também, em menor intensidade, mas sempre auxiliam”, pontua. 

Sucessão familiar

Um alerta revelado pelo diagnóstico foi o baixo interesse de muitos produtores em permanecerem na atividade nos próximos anos. Isso, especialmente aos que integram a nova geração no campo.

Existe uma fatia de jovens que pretendem ficar na atividade mas a maior parte deles, não tem o interesse. E até mesmo, já estão direcionado para trabalhar fora em outra atividade. 

“Isso acontece pela falta de manutenção nas propriedades, ter um potencial de receita maior em outros lugares porque a atividade leiteira acaba,  dependendo do investimento, estrutura os desafios das propriedades se manterem até dar uma atividade de futuro, o próprio produtor acaba passando isso para o filho, diminuindo o interesse”, explica Gauer.

Ao todo, 15% dos produtores entrevistados já afirmam que pretendem sair da atividade.

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