Dilma Rousseff elogia decisão do Banco Central de reduzir juros no país

Presidente participou de um encontro para discutir estratégias do governo para enfrentar a criseA presidente Dilma Rousseff elogiou nesta sexta, dia 30, a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros. Ela esteve em São Paulo participando de um encontro com 400 empresários para discutir a competitividade das indústrias brasileiras e as estratégias do governo para enfrentar a crise.

A presidente aproveitou o encontro com lideranças para dizer que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e garantiu que o país vai continuar produzindo e exportando, apesar da crise mundial. Ela ressaltou ainda que este é um momento de oportunidades para o Brasil.

Dilma disse que o governo está tomando as medidas necessárias para enfrentar a crise. E que quanto mais à deflação ameaçar a economia internacional favorecendo a queda nos preços, mais o Brasil vai aproveitar. A Presidente ressaltou a importância da redução dos juros de forma que ela considera cautelosa e responsável.  

O discurso da presidente foi complementado pela palestra do ministro Guido Mantega, da Fazenda. O ministro destacou o sistema financeiro sólido e o dinamismo do mercado interno como fatores que fortalecem o Brasil. Sobre a atuação do governo diante da crise, a primeira medida preventiva foi no campo fiscal. Neste ano, segundo o ministro, o país já cumpriu 75% da meta de superávit primário, a economia feita pelo governo para pagar juros.

Mantega e a presidente Dilma participaram nesta sexta, de um fórum organizado pela revista Exame para discutir a competitividade da economia brasileira. No debate empresários e políticos falaram sobre legislação, tributação, burocracia no setor industrial. O ex-ministro e empresário Luiz Fernando Furlan disse que 5% do PIB do Brasil é perdido em burocracia e corrupção. Ele falou sobre o papel do setor privado e do governo na busca pela competitividade.

Não por acaso, o pronunciamento da presidente teve um tom de alerta aos empresários, e de convite para dividir as responsabilidades com o governo, em uma das questões que também podem comprometer a competitividade: a infraestrutura.