Divergências políticas e econômicas com Índia e China pode ser obstáculo para a consolidação do grupo dos Brics

Falta de consenso em temas como a política cambial contribuiu para o clima de pessimismo durante mesa redonda promovida pela FGV nesta terça, dia 31As diferenças políticas e econômicas com Índia e China devem ser o maior obstáculo para a consolidação do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) nos próximos anos. A política de desvalorização cambial desses países é uma das principais barreiras para estabelecer uma agenda consensual de prioridades. O rumo da agenda política e econômica dos países que pertencem ao Brics foi discutido nesta terça, dia 31, durante uma mesa redonda promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São P

De acordo com dados do observatório da taxa de câmbio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a moeda brasileira foi a única que fechou com valorização em 2011, na comparação com o índice de moedas que leva em consideração os países do BRICs. O presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex), Rubens Barbosa, admite que o câmbio é um problema, mas afirma que as reservas financeiras de mais de US$ 4 trilhões dos cinco países podem contribuir para a criação de um fundo comum que funcionaria para garantir segurança e credibilidade no mercado.

Para o embaixador e presidente da Fundação Alexandre Gusmão (Funag), do Ministério das Relações Exteriores, José Vicente de Sá Pimentel, a criação do banco de desenvolvimento dos Brics pode ajudar a minimizar as diferenças econômicas dentro do grupo e favorecer setores como o agronegócio.