Dólar sustenta preços da soja no Brasil em julho

Enquanto Chicago apresentou queda de 8,7% nos contratos futuros, o dólar acumulou alta de 8,4%, praticamente sustentando as cotações da oleaginosa no país

O mês de julho foi marcado por preços firmes para a soja nas principais praças de comercialização do país. Apesar do recuo nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o câmbio favoreceu as cotações, com o dólar se valorizando frente ao real.

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Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta sexta, dia 31, no Brasil, sustentado pela alta do dólar. A comercialização ficou restrita ao Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 73,00 para R$ 73,50. Na região das Missões, o preço seguiu em R$ 73,00. No porto de Rio Grande, as cotações passaram de R$ 77,50 para R$ 78,00 a saca.

Em Cascavel, no Paraná, o preço estabilizou em R$ 70,00. No porto de Paranaguá (PR), a cotação permaneceu em R$ 76,50. Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 63,50. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 65,00. Em Rio Verde (GO), a saca ficou em R$ 63,50.

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta com preços mais baixos. O anúncio de cancelamento de uma compra de 200 mil toneladas por parte da China pesou sobre o mercado.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro recuaram 11,25 centavos de dólar, a US$ 9,53 1/4 por bushel. A posição novembro tinha cotação de US$ 9,40 1/4 por bushel, perda de 9,75 centavos de dólar.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo baixou US$ 2,50 por tonelada, sendo negociada a US$ 354,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto registravam preço de 29,98 centavos de dólar, baixa de 0,30 centavo.

Desempenho em julho

Os contratos com vencimento em novembro iniciaram julho a US$ 10,29 e encerraram o período na casa de US$ 9,39, com queda de 8,7%. O sentimento de enfraquecimento na demanda pela soja dos Estados Unidos e o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas pesaram sobre as cotações. Até o momento não há sinalização contrária a de que os Estados Unidos colham nova safra cheia na atual temporada.

A firmeza nos preços domésticos foi assegurada pelo câmbio. O dólar acumulou alta de 8,4% no período, fechando o dia 30 na casa de R$ 3,370. As incertezas políticas e econômicas, após o governo admitir que não atingirá a meta fiscal de 2015, sustentaram a moeda americana.

O sentimento de enfraquecimento na demanda pela soja dos Estados Unidos e o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas pesaram sobre as cotações. Até o momento não há sinalização contrária a de que os Estados Unidos colham nova safra cheia na atual temporada.

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