CRIME

Dupla se passa por diretores do BNDES e leva R$ 9 milhões de produtores rurais

No ano passado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou uma denúncia sobre as fraudes ao então ministro da Justiça, Flávio Dino

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Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu na última sexta-feira (9) dois homens suspeitos de aplicarem golpes milionários em fazendeiros.

Gilberto Rodrigues de Oliveira, 54 anos, e Girlandio Pereira Chaves, 49 anos, se passavam por diretores de grandes bancos, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para oferecer empréstimos multimilionários a troco de uma porcentagem a título de comissão. Um terceiro suspeito, Luciano Oliveira Gomes, está foragido.

Os criminosos vestiam-se impecavelmente com ternos e marcavam encontros com as vítimas em locais de alto padrão, como salões de hotéis, que eram decorados para simular eventos de instituições financeiras, de acordo com as autoridades policiais.

Prometendo empréstimos de valores milionários a fazendeiros e empresários com condições especiais, os golpistas exigiam uma comissão em troca.

Até o momento, sete vítimas foram identificadas pela Polícia Civil, com um prejuízo superior a R$ 4,7 milhões, e há suspeitas de que outras foram prejudicadas em todo o país. No Distrito Federal, os golpes foram de R$ 3,2 milhões.

Investigação

A investigação teve início em dezembro, após uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins ter sofrido um prejuízo de R$ 1 milhão ao buscar um empréstimo de R$ 15 milhões. Como garantia, os golpistas entregaram-lhe uma bolsa contendo dólares falsos, fugindo com o dinheiro verdadeiro.

No ano passado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou uma denúncia sobre essas fraudes ao então ministro da Justiça, Flávio Dino.

A Polícia Civil de Goiás está divulgando fotos e nomes dos suspeitos para que eventuais vítimas sejam apresentadas e forneçam informações adicionais. Os acusados ​​podem enfrentar acusações de estelionato e associação criminosa.