MAIS MILHO

‘É preciso enxugar a máquina antes de fazer reforma tributária’, frisam lideranças do agro

A situação e possíveis impactos ao do país diante da reforma tributária foram abordados durante a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra

“A gente não avalia política e sim impactos. E, não há um estudo sobre os impactos da reforma tributária para o agro e a população”, pontua o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore. Os rumos da reforma tributária e as preocupações em torno dela foram destaque na Abertura Nacional da Colheita do Milho Segunda Safra, nesta quarta-feira (12), no município de Cláudia.

O assunto foi debatido por lideranças do agronegócio e política mato-grossense durante o painel “As perspectivas políticas para o agro” e, segundo o setor produtivo, “antes de se falar em reforma tributária é preciso enxugar a máquina” .

A Abertura Nacional da Colheita do Milho Segunda Safra marca oficialmente a colheita do cereal no país.

O evento foi realizado na Fazenda Jaqueline, do produtor mato-grossense Zilto Donadello, e integra a programação do Projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

abertura colheita nacional do milho reforma tributária
Foto: Canal Rural Mato Grosso

O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, assim como Fernando Cadore, também frisou que a preocupação em torno da reforma tributária, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, “é muito grande”.

“Esperamos que o Senado corrija alguns pontos para simplificar e não prejudicar o brasileiro. Onde já se viu pagar 40% da pessoa física [imposto de renda]. Viver na insegurança é difícil. Vai matar o Brasil, vai matar o agro, vai prejudicar a população”, disse Vilmondes Tomain.

Na indústria as preocupações também existem, segundo o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco. “Precisamos de uma carga tributária moderada”.

Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra
Foto Canal Rural Mato Grosso

Reforma tributária ainda precisa ser corrigida

O texto aprovado, salientou o presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, é a união das PECs 45 e 110. Para ele muito ainda precisa ser corrigido no Senado.

“Só tivemos conhecimento do conteúdo há 20 dias e cheio de defeitos. A FPA entrou em ação para corrigir tais erros para não prejudicar o agro. Chegou-se ao desconto de 60% para o agro da alíquota e conseguiu-se outros pontos. As discussões agora seguem para o Senado. O que precisa, principalmente agora, é discutir os Fundos Estaduais, como o Fethab, e a questão de pagar imposto sobre herança”.

Contrária ao texto aprovado, a deputada federal Coronel Fernanda afirmou estar “frustrada”. “Fazemos o que é melhor para a população. No sistema tributário uma vírgula pode prejudicar o contribuinte. O sistema tributário não é como um livro de romance. O Brasil não pode perder mais”.

 

+Confira mais notícias do projeto Mais Milho no site do Canal Rural

+Confira mais notícias do projeto Mais Milho no YouTube

Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.