A Embrapa quer resgatar o uso do motor por produtores, principalmente da agricultura familiar, já que o equipamento representa economia de energia e é de baixo custo. De acordo com Maria Cecília, da Embrapa, essa tecnologia tem sido novamente pesquisada na Europa, Japão e Estados Unidos, devido à possibilidade de trabalhar com diferentes tipos de combustíveis, principalmente com aquecimento solar.
? No Brasil, a Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna está conduzindo um projeto de pesquisa sobre o motor, na carga de baterias, pulverizadores eletrostáticos, bem como pequenas bombas d’água para agricultores de baixa renda ? explica.
Segundo ela, esses motores não necessitam de nenhum tipo de manutenção ou lubrificação e podem ser construídos com baixo aporte de tecnologia. Seu abastecimento pode ser feito com combustíveis líquidos renováveis, como álcool, biodiesel ou sólidos, como restos de cultura, cavacos de madeira, gravetos, carvão, entre outros. O motor também pode funcionar com o gás natural.
? Com sistema de espelhos parabólicos para concentração de calor, a energia solar pode ser outra alternativa para colocar a máquina em funcionamento ? afirma Cecília.
O tamanho do motor varia de acordo com a necessidade do produtor, assim como sua potência, que vai depender do calor gerado.
? Ao utilizar o equipamento, o produtor economiza energia, já que está usando fontes alternativas para alimentar o equipamento. O custo também é baixo. Ele custa entre R$ 150 a R$ 1 mil. O tamanho é que determina o preço. Um motor convencional, além de consumir muita energia, chega a custar R$ 5 mil ? conta Cecília.
O protótipo do motor é uma das atrações da feira Ciência para a Vida – VII Exposição de Tecnologia Agropecuária, que teve início no dia 24 e prossegue até o dia 2 de maio, na sede da Embrapa em Brasília. Para obter mais informações sobre o motor Stirling, o produtor interessado deve entrar em contato com a Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna, em São Paulo.